Substratos alternativos para estaquia de plantas ornamentais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Machado, Renato Ferreira lattes
Orientador(a): Araujo, João Sebatião de Paula lattes
Banca de defesa: Araujo, João Sebatião de Paula lattes, Couto, Tarcisio Rangel do lattes, Miranda, Ricardo Motta
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/17658
Resumo: Com o declínio da produção de citros, especulação imobiliária e falta de política para o setor de fruticultura, o arranjo produtivo na região mudou, principalmente no município de Itaboraí-RJ. Conhecido como cidade dormitório por estar muito próximo da capital, a área rural, as grandes propriedades, foram dando lugar as pequenas propriedades e se instalando outros modelos de produção. Dentre elas a agricultura familiar com fruticultura e culturas anuais e a floricultura, esta também ganhou força e já colocou o município como o segundo produtor de flores de forração do estado, entretanto a atividade ainda sofre com a falta de tecnologia, assistência técnica, o conhecimento da realidade e do potencial do setor pelos agentes financiadores, não deixam a atividade avançar. Tendo o conhecimento de algumas práticas usadas para a produção de mudas pelos produtores locais, objetivou-se a realização de um experimento para avaliar a propagação via estaquia de três espécies de plantas ornamentais (Lantana camara, Bougainvillea spectabillis e Ixora coccinea) em diferentes tipos de substratos. O experimento foi realizado no Horto Estação Verde, situado na estrada de Montevidiu, Pacheco – Itaboraí/RJ. Foram utilizadas estacas semi-lenhosas de 15 cm, contendo de três a seis gemas, aplicando o corte em bisel na parte superior e inferior. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, utilizando o delineamento de blocos casualizados com três tratamentos (substratos) e três repetições, sendo cada bloco constituído por 30 estacas, totalizando 90 unidades experimentais (estacas) para cada espécie. Não foram utilizados reguladores de crescimento. Após 92 dias após o plantio avaliou-se o percentual de estacas vivas, enraizadas, brotação, número de brotos por estaca, número de raízes por estaca e comprimento da maior raiz. As espécies vegetais empregadas no experimento apresentaram performances diferentes frente aos tipos de substratos utilizados para enraizamento, sendo que a Ixora coccninea foi a única espécie sem apresentar sucesso na propagação. A produção de mudas via estaquia das espécies Lantana camara L. e Bougainvillea spectabillis Wild é possível em substratos alternativos ao barro. A espécie Ixora coccninea independentemente do substrato empregado, apresentou baixa emissão de raízes, necessitando assim de estratégias de propagação, tais como a utilização de estacas contendo folhas, conforme recomenda a literatura. Considerando que o uso do barro tem consequências ambientais diante de sua extração, a qual consiste na remoção do horizonte B do solo, os substratos formulados sem a presença de solo são mais sustentáveis e devem ser testados com outras espécies ornamentais, haja visto que não existe uma formulação padrão, mas sim aquela que venha a atender as necessidades básicas do produtor.