A apipuntura influencia o balanço de fenótipos de micróglia/macrófagos, a neuroinflamação e o fator anti-apoptótico no modelo de lesão medular por compressão em ratos wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Souza, Raquel do Nascimento de lattes
Orientador(a): Medeiros, Magda Alves de lattes
Banca de defesa: Medeiros, Magda Alves de, Allodi, Silvana, Resende, Victor Túlio Ribeiro de, Malvar, David do Carmo, Santiago, Marcelo Felippe
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10302
Resumo: O objetivo do presente estudo foi investigar os tipos celulares e os mecanismos fisiológicos envolvidos com a apipuntura no modelo de lesão medular moderada (SCI) por compressão. Para indução da SCI, um cateter fogarty de embolectomia foi inflado com 15μL de água destilada no espaço extradural, entre as vértebras T8 e T9, por 5 minutos em ratos Wistar. Inicialmente, avaliou se a melhora da capacidade e da coordenação locomotora pelo teste de avaliação da capacidade locomotora (teste BBB) e da passarela gradeada nos grupos: 1- Grupo Veneno de Abelha (VB) no ponto de acupuntura - aplicação do VB na dose de 0,08 mg/kg diluído em 20μL de salina nos acupontos (E36 - Zunsanli + VG3 - Yaoyangquan); 2- Grupo VB em não ponto (VB-NP) – aplicação do VB em região que não fosse ponto de acupuntura na mesma dose que o grupo VB-E36+VG3; 3- Grupo Controle (CTL-SCI) – grupo com SCI que não foi submetido a nenhum tipo de tratamento. Nesse primeiro ensaio experimental, detectou-se que a melhora locomotora estava realmente associada à estimulação dos acupontos E36+VG3 pelo VB, já que o grupo VB-NP e o grupo CTL-SCI não apresentaram melhora significativa da capacidade locomotora parcial como o grupo VB-E36+VG3. Nossos resultados indicaram que a melhora da capacidade locomotora estava correlacionada à significativa redução da perda de tecido medular espinal promovido pela apipuntura. A próxima etapa da pesquisa investigou os tipos celulares, os fatores neuroinflamatórios, os fatores apoptóticos e a sobrevivência de neurônios e de oligodendrócitos. A apipuntura reduziu a ativação de micróglia/macrófagos no 1°, 3° e 5° dias, enquanto, a ativação de astrócitos só foi influenciada pela apipuntura no 3° dia. A apipuntura também apresentou influencia sobre a polarização de micróglia/macrófagos associados aos fenótipos pro (M1) e anti-inflamatórios (M2), no qual, a expressão de RNAm da iNOS, - marcador do fenótipo M1, foi reduzido no 3° e 5° dia e as expressões de RNAm da Arginase-1 e TGF-β, - marcadores M2, foram reduzidas apenas no 5° dia. A redução da expressão de RNAm do fator inflamatório - COX-2, influenciado pela apipuntura ocorreu no 1° e 5°dia, enquanto, a redução do NF-kB ocorreu somente no 3° dia . A apipuntura não demonstrou influencia sobre a expressão de RNAm da caspase-3 em nenhum dos tempos estudados, mas promoveu aumento significativo da expressão da proteína antiapoptótica, - o BCL-2, no 5° dia. Por fim, a apipuntura influenciou a preservação de neurônios e oligodendrócitos no tecido medular espinal no 7° dia após a SCI. Dessa forma, o conjunto de resultados sugere que a apipuntura, aplicada nos acupontos E36+VG3, foi capaz de promover recuperação parcial da locomoção e os resultados indicaram que esta melhora locomotora pode estar associada a uma influencia da apipuntura sobre a redução da ativação de astrócitos, modulação sobre a polarização de micróglia/macrófagos, sobre a redução da neuroinflamação no aumento do conteúdo da proteína antiapoptótica, o BCL-2, e na neuroproteção de neurônios e oligodendrócitos no tecido medular espinal após a SCI