Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Lima, Aline Pacheco de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42133/tde-06052022-105112/
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Resumo: |
O Trypanosoma cruzi (T. cruzi ) que é amplamente descrito pela capacidade de invasão de células cardíacas, intestinais e do sistema imune inato, também pode invadir células do sistema nervoso central (SNC), causando lesões locais e transtornos neuropsiquiátricos. Micróglias e astrócitos têm funções distintas no SNC e ambos têm capacidade de responder a inflamações estéreis ou a infecções. Anteriormente, nosso grupo demonstrou a importância do inflamassoma NLRP3 para a produção de óxido nítrico (NO) e consequente controle da infecção nestas células. Ademais, tem sido descrito na literatura a participação da via da necroptose no controle de infecções e também colaborando para a ativação dos inflamassomas. Sabendo que tanto inflamassomas quanto moléculas da necroptose são expressas nas células do SNC, e ainda há poucos trabalhos descrevendo estas moléculas no controle da infecção por T. cruzi , sobretudo no tecido nervoso, nosso objetivo foi explorar estas duas vias e como elas influenciam a resistência de micróglias e astrócitos. Métodos: Micróglia e astrócitos obtidos de camundongos recém-nascidos (selvagens e nocautes para NLRC4 ou RIPK3) foram tratados ou não com inibidor de RIPK1 (Nec-1) e com inibidor de iNOS (aminoguanidina AG) e infectados in vitro com tripomastigotas do T. cruzi cepa Y (MOI 5:1). No sobrenadante das culturas foram dosadas IL-1ß, NO, glutamato e lactato. A carga parasitária foi avaliada através da microscopia de fluorescência com intervalos de 2, 48 e 96 horas pós-infecção. Resultados: Foi possível notar que NLRC4 está envolvido com o controle da infecção por T. cruzi em micróglias e astrócitos. No entanto, enquanto NLRC4 tende a induzir a secreção de NO em micróglias, o seu efeito é oposto em astrócitos. Interessante, culturas de micróglias e astrócitos de animais NLRC4-/- infectados com T. cruzi apresentam altos níveis de glutamato. Em contrapartida, micróglias mas não astrócitos de animais RIPK3-/- são mais resistentes à infecção, por um mecanismo não relacionado à produção de NO. Já RIPK1 parece ter efeito inibidor do controle da infecção em micróglias e astrócitos por um mecanismo independente da secreção de NO e dos inflamassomas. Conclusão: De maneira geral, podemos concluir que NLRC4 está relacionado com a resistência e RIP1K com a susceptibilidade de astrócitos e micróglias à infecção por T. cruzi . Ainda, a secreção de NO tem papel oposto no controle do T. cruzi por essas células gliais. Sendo assim, nossos dados ilustram a complexidade das vias citosólicas que atuam de modo peculiar em cada tipo celular para a resposta à infecção por T. cruzi e também secreção de metabólitos fundamentais para a comunicação celular no SNC. |