Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Jesus, Amanda Chaves de
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Orientador(a): |
Souza, Heloisa Justen Moreira de
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Banca de defesa: |
Paiva, Jonimar Pereira,
Corgozinho, Katia Barão |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14241
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Resumo: |
A doença renal crônica (DRC) é a forma mais comumente reconhecida de doença renal em cães e gatos. É definida como qualquer anormalidade funcional e/ou estrutural em um ou ambos os rins que apresente-se continuamente por três ou mais meses.. A infecção do trato urinário (ITU) é definida como a aderência, multiplicação e persistência de um agente infeccioso no sistema urinário. O desenvolvimento da ITU depende de um balanço entre a virulência da bactéria que pretende ascender pelo trato urinário e as defesas naturais do hospedeiro que tentam combatê-la. Foi descrito que a principal propriedade antimicrobiana da urina de felinos é a sua alta osmolalidade, isto pode explicar o fato de que incidência de ITU bacteriana em gatos saudáveis é menor que 1%. A perda da capacidade em concentrar a urina em animais com DRC é um fator de predisposição à instalação e proliferação de agentes microbianos nas vias urinárias e isto pôde ser observado em um estudo onde 46% das 13 amostras de urina com cultivo positivo eram provenientes de gatos com DRC. Neste estudo, foram admitidos 100 animais da espécie felina, de diferentes raças, de ambos os sexos, castrados ou não e de qualquer idade. Como critério de inclusão, os pacientes deveriam ter um exame de perfil bioquímico que demonstrasse um estado azotêmico com creatinina acima de 1,6mg/dL e uma urinálise na qual a densidade urinária se apresentasse como sendo menor do que 1.035. Todas as amostras de urina foram obtidas por cistocentese. Foram realizados cultivos bacteriológicos quantitativos em Unidades Formadoras de Colônias e em seguida, um antibiograma sobre as amostras positivas. O objetivo deste estudo foi o de determinar a frequência de ITU em felinos com DRC, identificar os agentes etiológicos causadores da ITU nestes pacientes, definir a sensibilidade antibiótica das bactérias isoladas e buscar correlações entre a ITU e as variáveis da urinálise. Dos 100 gatos que foram selecionados para esta pesquisa, 28% apresentaram infecção do trato urinário com unidades formadoras de colônia (UFC) maior que 1.000 UFC/ml. A espécie bacteriana mais comumente isolada foi a Escherichia coli presente em 12 gatos (42,9%). O antibiótico com maior taxa de sensibilidade foi o Imipenem com 100% de sensibilidade, seguido pela Amicacina com 95%, a Amoxicilina com Ácido Clavulânico com 93%, a Cefovecina com 86%, a Ceftriaxona com 80%, a Ciprofloxacina com 74%, a Norfloxacina com 71%, a Enrofloxacina com 59%, a Piperaciclina com Tazobactam 38%, a Cefalexina com 36% e a Ampicilina e Doxiciclina que apresentaram apenas 35% de sensibilidade antibiótica. Foi possível encontrar uma correlação estatística com o aspecto da urina e a presença de ITU. Nas demais características da urinálise observaram-se ausência de correlação estatisticamente significativa com a ITU. A ITU é uma doença muito comum em gatos com DRC, sendo que a bactéria mais comumente isolada nesses animais é a Escherichia coli e que os antibióticos mais eficazes são Imipenem, Amicacina e Amoxicilina com ácido clavulânico. As determinadas variáveis da urinálise como a bacteriúria não são confiáveis para o diagnóstico da ITU devendo sempre que possível ser procedida a urinocultura dos gatos com DRC. |