Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Macedo, Suellen Campos de
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Orientador(a): |
Mattos, Sandra Maria Nascimento de
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Banca de defesa: |
Mattos, Sandra Maria Nascimento de,
Costa, Célia Souza da,
Oliveira, Cristina Coutinho de,
Vasquez, Eliane Leal |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20034
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Resumo: |
A Amazônia, com sua rica biodiversidade e a resistência histórica de suas populações, é um espaço de grande relevância para a discussão sobre desenvolvimento sustentável e empoderamento social. Entretanto a experiência sociohistórica de seus territórios moldou-se em um violento processo de colonização e desarranjo de suas cadeias socioprodutivas. Apesar disso, o amazônida tem resistido e mulheres têm protagonizado movimentos coletivos em sua defesa. Em vista disso, esta pesquisa teve como objetivo geral compreender como as ações das Sementes do Araguari, associação de mulheres extrativistas ribeirinhas do alto Araguari, se colocam como agências em seu território. Essas mulheres produzem produtos a partir do extrativismo vegetal no Amapá. A justificativa para esta pesquisa reside na necessidade de reconhecer e valorizar os saberes e práticas das populações locais, que frequentemente são marginalizadas em projetos de desenvolvimento que não consideram suas realidades e necessidades, bem como contribuir com a epistemologia amazônica na construção de comunidades sustentáveis. A pesquisa foi realizada por meio de uma abordagem qualitativa e antropológica, a coleta de dados foi feita por meio de visitas de campo, entrevistas, fotografias e pesquisa bibliográfica, permitindo uma compreensão mais profunda das dinâmicas sociais e econômicas que permeiam suas vidas. Narrativas foram utilizadas para registrar a riqueza das vivências dessas mulheres. Os principais resultados indicam que, apesar dos desafios impostos pela lógica colonial e patriarcal, as mulheres amazônidas têm se organizado e agenciado mudanças relevantes para sua comunidade, promovendo sustentabilidade e igualdade de gênero. Além disso, a pesquisa revelou que as Sementes do Araguari não apenas produzem biocosméticos e artesanatos, mas também se envolvem em atividades de ecoturismo, contribuindo para a economia local e a preservação do meio ambiente. |