Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Migon, Natália Bristot
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Orientador(a): |
Rocha, Flavia Souza
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Banca de defesa: |
Rocha, Flavia Souza
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Amâncio, Cristhiane Oliveira da Graça
,
Ferreira, Andrey Cordeiro
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15623
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Resumo: |
Uma das forças que movimenta o homem e faz com que invente novas formas de sociedade é sua capacidade de mudar relações com a natureza ao transformá-la. No entanto, não existe uma única maneira, original e harmônica, pela qual o ser humano se relaciona com a natureza, mas uma grande variedade de formas. Ao pensarmos nas relações das sociedades com o meio onde estão inseridas, merece destaque a cultura indígena, a qual possui alguns elementos característicos, como uma história com o território que ocupa além de uma vinculação entre os membros por particularidades culturais, sistemas de organização social e conhecimentos próprios. Estas teorias auxiliam na compreensão das rápidas modificações fundiárias e ambientais decorrentes da construção de grandes obras em Terras Indígenas, bem como nas reflexões a respeito do compartilhamento de recursos naturais por diferentes populações humanas. Neste cenário emergem as alterações ocorridas na Terra Indígena Campinas Katukina, comunidade que está sob influência da BR364, fazendo divisa com áreas de reserva extrativista e ramais de projetos de colonização, além de ser detentora de medicinas tradicionais, as quais vêm tornando-se cada vez mais populares nos centros urbanos. Com base neste contexto, esta pesquisa propôs uma análise da percepção ambiental no que diz respeito à gestão de recursos comuns, na Comunidade Katukina (Noke Koî), pertencente à Terra Indígena Campinas, localizada no Acre, Brasil. Com a intenção de contemplar a maior parte das esferas de influências e decisões da comunidade, optou-se por assumir como recursos comuns os aspectos relacionados tanto ao meio físico como intelectuais, destacando-se assim a gestão de recursos naturais bem como recursos imateriais. Por fim, buscou-se averiguar o reconhecimento da organização interna e autonomia da comunidade em suas relações com instituições externas. Os resultados foram alcançados a partir da realização de entrevistas semi-estruturadas, caminhadas transversais, diagrama de Venn e etnografia. Foram encontradas alterações principalmente no tocante a alimentação na comunidade, destacando-se a baixa quantidade de proteína e de variedades vegetais, e o aumento de produtos industrializados na dieta de muitas famílias. Em decorrência desta situação, a garantia de alimento é considerada dependente da geração de recursos financeiros, sendo ainda pouco discutidas na comunidade as possibilidades de aquisição deste e sua autonomia nos processos. Estas informações poderão colaborar com a elaboração e adaptação de políticas públicas baseadas no respeito ao modo de organização interna das sociedades indígenas, além de incentivar medidas que unam preservação ambiental e desenvolvimento social. |