Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Natália Braz de Almeida
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Orientador(a): |
Ubiali, Daniel Guimarães
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Banca de defesa: |
Ubiali, Daniel Guimarães,
Menezes, Rodrigo Caldas,
Alonso, Luciano da Silva |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14176
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Resumo: |
Este estudo retrospectivo foi realizado no Setor de Anatomia Patológica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (SAP/UFRRJ) situado no município de Seropédica, RJ. Através do estudo clínico e patológico das doenças do sistema nervoso de cães diagnosticadas durante 71 anos (1949-2019). Dos registros de necropsia de 4.991 cães foram selecionados e revisados. Deste total 621 apresentaram história clínica de alterações do sistema nervoso, correspondendo a 12,4% (621/4991) dos diagnósticos realizados no setor. Destes 621 casos, 534 tiveram diagnóstico definitivo e 87 foram inconclusivos. As doenças infecciosas virais foram observadas em 81% (469/577) dos casos e representaram a principal causa de distúrbios neurológicos. As enfermidades virais diagnosticadas foram: raiva com 62,3% dos casos (385/621) e cinomose com 13,5 % (84/621) dos casos. Evidenciou-se que entre as décadas de 1950 e 1970 a raiva canina foi a principal doença neurológica diagnosticada em caninos na região do estudo. O último caso de raiva ocorreu em 1982. A redução progressiva da raiva canina ao decorrer dos anos, resultou em 37 anos sem detecção devida as campanhas de vacinação que se iniciaram na década de 1980. Os diagnósticos de manifestações neurológicas relacionados às neoplasias, representaram 2,5% (14/621). As lesões traumáticas corresponderam a 1,1% (7/621), se dividindo em traumatismo crânio encefálico (2/7) e traumatismo espinomedular (5/7). “Outros distúrbios”, foram reunidos como um grupo de doenças que consistiram em: meningoencefalite linfoplasmocítica 1,3% (32/621), doença do disco intervertebral 0,4% (3/621), leucoencefalite necrosante do Yorkshire 0,3% (2/621), meningoencefalite necrosante 0,1% (1/621), meningoencefalite granulomatosa 0,1% (1/621) e infarto hemorrágico 0,1% (1/621). O grupo de distúrbios do desenvolvimento (hidrocefalia) representou 0,4% (3/621) e na categoria de intoxicações, 0,1% (1/621) foi de intoxicação por estricnina. As doenças que afetam o sistema nervoso central de cães representam um importante grupo de doenças em cães na região metropolitana do estado do Rio de Janeiro, porém estas são largamente subdiagnosticadas. O conhecimento dos métodos de diagnóstico e etiologia dessas doenças é fundamental para se estabelecer listas de diagnósticos diferenciais para as enfermidades mais importantes regionalmente. |