Ultraestrutura dos ovos de mosquitos do gênero Ochlerotatus (Diptera: Culicidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, Juliana Soares Sarmento dos
Orientador(a): Mallet, Jacenir Reis dos Santos
Banca de defesa: Mallet, Jacenir Reis dos Santos, Gonçalves, Teresa Cristina Monte, Silva, Vanderlei Campos da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10820
Resumo: Culicídeos são insetos pertencentes à ordem Diptera, Subordem Nematocera, família Culicidae, distribuídos em duas subfamílias, Anophelinae e Culicinae. Os culicíneos são incriminados como vetores de patógenos causadores de doenças como Dengue, Febre Amarela dentre outras, e abrangem cerca de 3000 espécies, distribuídas em 11 tribos, constituídas por 38 gêneros. A Tribo Aedini inclui três gêneros que ocorrem no Brasil: Aedes, Psorophora e Haemagogus. O gênero Aedes apresenta uma grande diversidade, compreendendo mais de 900 espécies atualmente distribuídas por 44 subgêneros. Reinert (2000), com base em estudos morfológicos, dividiu o gênero Aedes em dois gêneros: Aedes e Ochlerotatus. No presente estudo adotamos a proposta de Reinert (2000). Foram analisados morfologicamente os ovos de quatro espécies do gênero Ochlerotatus observadas ao Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV). As espécies Oc. albifasciatus, Oc. fluviatilis, Oc. scapularis e Oc taeniorhynchus apresentaram algumas diferenças morfológicas bem significativas comprovadas através da morfometria e da microscopia eletrônica de varredura. Oc albifasciatus apresentou células coriônicas com formatos assemelhando a um relógio de pulso e uma raquete. Este ovo contém um aparelho micropilar contínuo e proeminente com cerca de 9,6µm de espessura e disco da micrópila bem evidente com cerca de 20,3 µm de diâmetro. Os ovos apresentaram um contorno elíptico com aproximadamente cerca de 615,7 ± 37,24 μm de comprimento e uma largura de 180,7 ± 22,87 μm na sua região central. Oc. fluviatilis apresentou células coriônicas de formas irregulares, observando-se que os tubérculos da superfície ventral são maiores, o que pode contribuir para sua adesão ao substrato, não sendo possível visualizar a micrópila nesta espécie. Estes ovos apresentaram uma coloração negra com formato elíptico, 722,8 ± 39,5µm de comprimento e largura de 177,9 ± 9,78µm, apresentando um afunilamento em uma de suas extremidades. A ornamentação das células coriônicas consiste em células de formas irregulares, cada uma contendo 2,65 ± 0,41µm tubérculos na superfície ventral, e com medidas de 6,04 ± 0,60 na superfície dorsal. O ovo de Oc scapularis possui muitas semelhanças com Oc. albifasciatus nas superfícies dorsal e ventral. O aparelho micropilar com 11,1 µm, mostrou um colar com uma moldagem evidente e não contínuo, e um disco micropilar também evidente como o de Oc. albifasciatus medindo 1,41 µm. Oc. scapularis apresentaram a coloração negra, contorno elíptico medindo 620,4 ± 16,74 µm de comprimento e 163,7 ± 16,90 µm de largura, com um índice (comprimento / largura) de 3,79µm. Oc taeniorhynchus apresentou células coriônicas de formas irregulares, superfície ventral mais convexa que a dorsal, e a micrópila possui um colar contínuo completo. Na parte central do ovo os tubérculos tem diâmetros maiores. Estes ovos apresentam 607,1 ± 29,3 µm de comprimento e largura de 213,7 ± 13,7 µ. A micrópila medindo 1,4 ± 0,31 µm está rodeada por um disco micropilar (5,2 ± 1,37 µm) e por um colar micropilar completo (5,4 ± 0,99 µm).