Metabolismo do dibenzotiofeno por cunninghamella Elegans associados aos estudos morfológicos e Ultraestruturais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Mendes de Souza, Patrícia
Orientador(a): Maria de Campos Takaki, Galba
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/416
Resumo: Considerando o potencial biotecnológico de Cunninghamella elegans em degradar compostos recalcitrantes do meio ambiente, este trabalho teve como finalidade investigar a degradação do dibenzotiofeno por C. elegans associados a estudos morfológicos e ultraestruturais. As amostras tratadas com DBT foram submetidas à cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas GC-MS. Os metabólitos formados, pelo processo de biodegradação do DBT foram 5-óxido dibenzotiofeno, 5,5-dióxido dibenzotiofeno, 2- hidroxibifenil, resultados que sugerem a utilização da via metabólica 4S pelo fungo. Uma segunda via metabólica também é sugerida a via dioxigenação angular, que utiliza o DBT como fonte de carbono, remove o enxofre em forma de sulfito e sulfato e tem como produto final o ácido benzóico. O perfil de crescimento demonstrou que o crescimento de C. elegans foi estimulado pelas concentrações 0,5mM, 1,0mM e 2,0mM de DBT. O total de proteínas extracelulares revelou variações nas condições estudadas. A morfologia de C. elegans apresentou alterações no padrão de ramificação das hifas, variação na forma das ramificações, tornando-se mais curtas, delgadas, bifurcadas, bilaterais ou unilaterais e aparecimento de protuberância na base da ramificação primária em função da concentração do dibenzotiofeno. A análise por microscopia de fluorescência demonstrou variação na distribuição, forma e localização de filamentos de actina. A análise por microscopia eletrônica de varredura demonstrou que hifas de C. elegans em presença de DBT apresentaram menor eletrondensidade, intensa ramificação e corpos intracelulares em diferentes formas e tamanhos. Com a microscopia eletrônica de transmissão foram observadas modificações relativas à quantidade e tamanho de corpos eletrondensos e vacúolos na hifa, menor quantidade de mitocôndrias, variações na textura e eletrondensidade na parede celular. O estudo citoquímico para catalase revelou variações na intensidade e distribuição de produtos de reação na parede celular e no citoplasma nas amostras tratadas com DBT. O presente estudo confirmou o potencial biotecnológico de C. elegans no processo de biodegradação de DBT