Caracterização de mel de Apis mellifera pelo seu perfil em substâncias fenólicas por cromatografia líquida de alta eficiência e avaliação da atividade biológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Lianda, Regina Lucia Pelachim lattes
Orientador(a): Castro, Rosane Nora lattes
Banca de defesa: Castro, Rosane Nora, Godoy, Ronoel Luiz de Oliveira, Echevarria, Aurea, Santana, Djalva Maria da Nóbrega
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
Departamento: Instituto de Ciências Exatas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Mel
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14547
Resumo: Este trabalho descreve a identificação de ácidos fenólicos e flavonóides em cinco amostras de mel silvestre e seis amostras de mel laranjeira obtidas de diferentes regiões geográficas. As amostras de méis foram analisadas por cromatografia líquida de alta eficiência com detector de arranjo de fotodiodos e UV-visível. A análise do perfil cromatográfico associado ao estudo dos espectros de ultravioleta acumulados a l 250-380 nm, permitiu identificar os ácidos fenólicos e flavonóides em uma única corrida de 40 minutos. Para as amostras de mel silvestre foram identificados os ácidos gálico, vanílico, para-cumárico, para-metoxi-benzóico, para-metoxi-cinâmico, para-hidroxi-benzóico, protocatecuico e sinápico, e o flavonóide morina, enquanto para as amostras de mel laranjeira foram identificados os ácidos gálico, vanílico, para-cumárico, para-metoxicinâmico, para-hidroxi-benzóico, protocatecuico, siríngico, sinápico e cinâmico e os flavonóides quercetina e rutina. Além desses ácidos, para a amostra RLL20 (mel laranjeira de Taubaté-SP) foi isolado e identificado, pela primeira vez, o flavonol morina. A técnica de cromatografia líquida de alta eficiência mostrou-se eficiente e reprodutiva na caracterização das substâncias fenólicas encontradas nas onze amostras de méis estudados. O estudo perfil cromatográfico para as substâncias fenólicas permitiu estabelecer a composição para os méis monoflorais, oriundos de diferentes regiões geográficas, pois estes não mostraram alterações qualitativas drásticas. Estas substâncias poderão vir a ser usadas como marcadores químicos para a caracterização da origem botânica e/ou geográfica do mel de Apis mellifera. Dentre as diversas substâncias contidas no mel destacam-se as substâncias fenólicas, devido às importantes atividades biológicas, tais como atividades antimicrobianas, antiinflamatórias, antiproliferativas e antitumorais. Os ensaios biológicos avaliaram a atividade antitumoral in vivo e in vitro da fração rica em compostos fenólicos do mel silvestre proveniente da cidade de Itararé-SP, sobre o crescimento do carcinoma de Erlich em camundongos. A citotoxicidade mostrou-se pouco significativa para a atividade antitumoral in vitro (25% de inibição do crescimento), porém os resultados in vivo mostraram significativa inibição do crescimento do tumor e aumento da sobrevida dos animais (67% dos animais ficaram isentos de tumor após 75 dias de tratamento). Os estudos de atividade biológica do extrato do mel são preliminares, mas revelam-no como potente agente terapêutico