Biologia reprodutiva, idade e crescimento da pescada branca Cynoscion leiarchus (Actinopterygii, Sciaenidae) na Baía de Sepetiba, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, José Paulo do Carmo lattes
Orientador(a): Araújo, Francisco Gerson lattes
Banca de defesa: Santos, André artins Vaz dos, Keunecke, Karina Annes, Neves, Leonardo Mitrano
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10824
Resumo: A pescada branca Cynoscion leiarchus é uma espécie costeira da família Sciaenidae com distribuição do Panamá até o Sul do Brasil, sendo encontrada geralmente em águas estuarinas, sobre fundos de lama e areia. Nas últimas décadas a espécie vem emergindo como um importante recurso pesqueiro no sudeste do Brasil. No entanto, poucas informações são disponíveis na literatura sobre os aspectos biológicos e dinâmica populacional desta espécie. Neste estudo, procurou-se determinar parâmetros reprodutivos e de crescimento desta espécie e compará-los com as informações disponíveis, visando gerar informações básicas para gestão deste recurso, bem como testar a hipótese nula de que tais parâmetros não diferem acentuadamente de outras espécies congenéricas. Foi examinado um total de 370 indivíduos (190 fêmeas e 170 machos), com comprimento total variando de 205 a 486 mm para as fêmeas e 205 a 493 mm para machos. Os peixes foram provenientes de capturas realizadas com redes de espera (malha 35; 45; 35 mm entre nós consecutivos) pela frota artesanal que opera no interior da Baía de Sepetiba, entre julho de 2013 a junho de 2014. A espécie apresentou desova do tipo parcelada, desenvolvimento ovocitário síncrono e pelo menos 2 grupos e fecundidade indeterminada, caracterizando um amplo período de desova com pico na primavera/verão. O comprimento de primeira maturação gonadal (C50) foi de 324mm para fêmeas e 270 mm para machos, respectivamente. Obteve-se, após leituras de anéis etários em secções dos otólitos sagittae, que a equação da curva de crescimento em tamanho em função do tempo para as fêmeas foi Ct = 503*(1–e -0,15*(t –0,27)) e para machos foi Ct = 470*(1–e -0,16*(t+0,04)). A longevidade para fêmeas foi de 20 anos e machos 19 anos. Além disso, a mortalidade natural estimada foi de M = 0,15(ano-1) para fêmea e M = 0,16(ano-1) para machos. Pelo incremento marginal e percentual relativo de bordas verificou-se que a periodicidade de formação do anel etário se mostrou anual, ocorrendo na estação do outono. O estudo fornece as primeiras informações sobre aspectos reprodutivos e de idade e crescimento para a espécie na região sudeste, xiv consistindo informações básicas para a elaboração de políticas públicas visando o ordenamento pesqueiro sustentável do estoque, cuja explotação já ocorre na região.