Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Magalhães, Oséias Martins
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Orientador(a): |
Moreira, Felipe Ferraz Figueiredo
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Banca de defesa: |
Moreira, Felipe Ferraz Figueiredo,
Silva, Fernanda Avelino Capistrano da,
Dociele, Tatiana Nascimento |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10747
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Resumo: |
Em Gerromorpha, é possível observar dois fenômenos bem estudados em áreas temperadas: o polimorfismo alar, em que indivíduos de determinadas espécies podem ser ápteros, micrópteros, braquípteros ou macrópteros, havendo coexistência de diferentes formas em uma mesma população; e a variação de características somáticas entre machos e fêmeas, as quais podem estar relacionadas ao conflito sexual. Rhagovelia robusta Gould, 1931 é uma espécie onde tais fenômenos ocorrem de modo evidente. Assim, esta dissertação teve como objetivo geral definir as relações entre os dimorfismos alar e sexual em R. robusta, além do papel de fatores ambientais na determinação das formas alares. Primeiramente, foram avaliados os padrões de forma e tamanho de diferentes formas alares e sexos de R. robusta e quais as relações entre os dimorfismos alar e sexual. Foi observado que há variações significativas de determinadas estruturas entre machos e fêmeas, assim como de machos de diferentes formas alares. Nos machos, pronoto e fêmur posterior sofrem modificações alométricas, que estão integradas entre si. Tal integração está ligada às respostas adaptativas às necessidades de dispersão e reprodução. Posteriormente, foi analisado como fatores ambientais influenciam na abundância das formas alares de R. robusta. Evidenciou-se que diferentes condições climáticas ocorrentes durante o período de desenvolvimento influenciam na abundância do morfotipo macróptero. A maior abundância dele foi associada a temperaturas médias maiores e estações chuvosas, enquanto foi influenciada negativamente por temperaturas menores e épocas secas. Esses resultados refletem a adaptação da espécie, através de morfotipos diferentes, à variabilidade da disponibilidade de recursos ao longo do tempo. Em épocas secas, o ambiente é mais homogêneo e há menos recursos disponíveis, sendo menos viável investir no aparato de voo e custos envolvidos na dispersão. Por outro lado, os machos ápteros proporcionalmente mais abundantes nessa época tem maior capacidade de cópula, garantindo uma maior taxa de reprodução e a continuidade da população no habitat. Em épocas de alta pluviosidade, com maior heterogeneidade e disponibilidade de recursos, é possível maior investimento no desenvolvimento de indivíduos macrópteros e na dispersão para novas áreas. |