A "trama" do social. Família, comunidade e política nas lógicas de relacionamento dos camponeses yaveños

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Ros, Carlos Javier Cowan lattes
Orientador(a): Comerford, John Cunha lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9547
Resumo: Este estudo indaga sobre a práxis política dos camponeses da comarca de Yavi, na Argentina. Analisa suas lógicas de organização social e de articulação com o sistema político-institucional e identifica o papel que cumprem em suas estrategias de reprodução social. A partir de uma abordagem etnográfica, interpreta-se a estrutura social yaveña como um conjunto de redes de afiliação parentesco, organizações sociais, partidos políticos, comunidades de vizinhança e religiosas parcialmente sobrepostas. Cada grupo de pertença estrutura-se em base a determinados elementos de reconhecimento mútuo, princípios éticos e relações recíprocas que regram o comportamento de seus membros. Mas, longe de serem entidades rígidas, essas redes de afiliação são redefinidas conforme as alianças e os antagonismos de seus membros. Nas duas últimas décadas, têm emergido novas modalidades organizativas organizações comunitárias, camponesas e indigenistas favorecidas pelas ações dos representantes do Estado e das ONGs. Em um contexto de precarização da qualidade de vida dos aldeões, essas novas entidades organizativas dinamizaram a articulação dos camponeses entre si e com a sociedade nacional, e adquiriram um papel relevante como canais de mobilização de recursos. Os mediadores sociais através dos recursos materiais e das visões de mundo que disponibilizam aos camponeses contribuíram a promover certas redes de filiação comunidade de vizinhança, organizações sociais , lógicas de relacionamento corporadas com agentes externos e a (re)emergência de identidades, especialmente a étnica, tradicionalmente estigmatizadas. Essas transformações sociais, econômicas e institucionais estão contribuindo a redefinir as tradicionais lógicas de relacionamento e negociação dos camponeses com os representantes políticos, fato que imprime certo dinamismo na sociabilidade yaveña.