Política e mercado no campo da Assistência social: a manutenção de "clientelas" no processo de legitimação dos agentes assistenciais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Gomes, Marcos Rogério
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17608
Resumo: Este trabalho se debruça sobre algumas práticas políticas construtoras de filantropia e assistência social, avaliando como se organizou profissionalmente o atendimento governamental e privado a um público infanto-juvenil carente na cidade de Londrina, no Estado do Paraná, e mostrando como esta atividade esteve marcada pela administração municipal do prefeito Luiz Eduardo Cheida e de sua Secretária de Assistência Social Márcia Helena Carvalho Lopes, durante a gestão 1993/1996. A descentralização que ocorreu na administração, mas não no financiamento das políticas públicas no Brasil, contribuiu, entretanto, para que a implantação racionalizada de projetos assistenciais, até mesmo em municípios menos dependentes de outras instâncias federativas, como é o caso de Londrina, permanecesse relativamente dependente dos interesses políticos de determinados gestores, o que estimulou a barganha de recursos e condicionou o funcionamento de algumas instituições a costumes personalistas, a partir dos quais os princípios da dádiva puderam servir à manutenção de um "campo da assistência social". Este "campo" se define por uma tácita e não declarada luta desigual que travam os filantropos, acostumados a realizar eventos de caridade ou a presidirem entidades beneficentes e sem fins lucrativos, contra o poder simbólico hegemônico de um corpo técnico de assistentes sociais racionalmente ordenados, pelo monopólio do atendimento a uma clientela, representada por um grupo de crianças e adolescentes que entram na ciranda de incontáveis recepções e evasões das diferentes unidades de atendimento do Projeto Casa Abrigo.