Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Ângelo Rodrigues de |
Orientador(a): |
Costa Neto, Canrobert Penn Lopes
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
|
Departamento: |
Instituto de Agronomia
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12516
|
Resumo: |
A negação ao ensino e à formação cultural dos (as) trabalhadores (as) do campo, bem como aos seus filhos, num país com uma realidade social herdada de uma sociedade escravista e colonial, apresenta-se de maneira histórica, dada as marcas do passado que se fazem presentes até os dias de hoje, fazendo com que o Brasil se constitua numa nação das mais desiguais e injustas do planeta. Neste sentido, o trabalho aqui apresentado busca refletir sobre o descompasso existente na realidade escolar dos sujeitos oriundos das áreas rurais e no distanciamento destes em relação à educação formal presente no ensino técnico-agrícola. Desta forma, a pesquisa aqui apresentada, a partir da observação e de um estudo preliminar sobre o modelo de educação e ensino vigentes no espaço escolar, analisa a contribuição da Educação do Campo na formação profissional dos alunos trabalhadores da Escola Agrotécnica Federal de Castanhal, mediante a consideração da proposta de ensino do PRONERA Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária, que configura uma nova relação com o espaço territorial, criando assim novas possibilidades de formação de sujeitos produzidos no espaço das contradições vivenciadas pelos movimentos sociais do campo, percebendo a proposição de políticas públicas viáveis ao exemplo do PRONERA para a superação das contradições educacionais. Diante da história da negação ao ensino e à formação cultural aos sujeitos que lidam e trabalham com a terra, bem como da falta de reconhecimento de seus direitos, e, a partir da consideração das práticas educacionais experenciadas e das vozes dos educandos e educadores, esta pesquisa discute o PRONERA como um modelo justo e salutar de acesso à educação aos filhos e filhas dos trabalhadores (as) do campo, devendo assim ser respeitado e perceber os apoios necessários por quem gesta a educação no país. Por outro lado debate a perspectiva da construção de um novo projeto educacional, apontando a Pedagogia da Alternância como uma alternativa de educação e ensino que avança no processo de ensino-aprendizagem, contribuindo para uma mudança político-pedagógica da EAF de Castanhal, ampliando assim não apenas o processo de formação técnica-profissional agrícola, mas também humana e, sobretudo, melhore o trabalho de inclusão social que ainda se encontra distante da maioria dos homens e mulheres do meio rural brasileiro, fazendo com que de fato e de direito a escola não mais permaneça de costas à história de vida e do mundo de seus sujeitos. |