Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Sergio Carvalho
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Orientador(a): |
Simão, Sheila Marino
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Banca de defesa: |
Oliveira, Rodrigo Hipólito Tardin,
Silva, Hélio Ricardo da,
Guedes, Patrícia Gonçalves |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10771
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Resumo: |
Neste estudo foi abordada a segmentação da canção de baleias jubarte com base na definição das subunidades. As emissões sonoras das jubarte foram identificadas e caracterizadas de modo a estruturar o primeiro banco de dados de sons de mamíferos marinhos do Atlântico Sul Ocidental. Constatou-se a importância dessas subunidades por apresentarem um grau de variação pequeno, ajudando na identificação da espécie em sistemas de Monitoramento Acústico Passivo Autônomo (MAPA). Os registros das vocalizações das baleias foram realizados pela equipe do Instituto Baleia Jubarte (IBJ) de 2006 a 2013, na região de Abrolhos, Bahia, Brasil. Foram realizadas sete leituras das subunidades através do software Raven 1.4, avaliando-se: (1) Alta da frequência (Hz); (2) Média da potência (dB); (3) Energia (dB); (4) Frequência central (Hz); (5) Frequência máxima (Hz); (6) Delta do tempo (s); e (7) Delta da frequência (Hz). Foram calculados a média, o desvio padrão, o valor mínimo, e o valor máximo. Realizadas análises multivariadas das variâncias com o valores do teste Post Hoc onde p>0,05 não representa variação significativa ao ano. Nos anos de 2006, 2007, 2009 e 2011 houve qualidade satisfatória para realizar as análises, o que correspondeu a 14% do total das gravações, com 4:06:54h de gravações. Os registros analisados foram adquiridos nos meses de maior ocorrência de jubarte. 862 subunidades foram identificadas e analisadas. As subunidades identificadas foram A, B e C. A subunidade A (n = 156; 18%), anteriormente encontrada em uma área de alimentação no nordeste da Islândia (2011), no Alasca (2012) e na região de Abrolhos, em todos anos estudados. A subunidade B (n = 205; 24%), com ocorrência em áreas de alimentação da Islândia (2000) e no Alasca (2012) e na área de reprodução no Havaí (1991) e na região de Abrolhos foram registradas em todos anos pesquisados. A subunidade C (n = 501; 51%) foi anteriormente registrada nas áreas de reprodução de Madagascar (2009), Havaí (1989 e 1991), México (2006), Austrália (2009) e Nova Caledônia (2010) e na área de alimentação da Antártica (2010). Algumas subunidades não apresentaram diferenças significativas em alguns anos estudados. As subunidades são preservadas ao longo dos anos principalmente nos parâmetros alta frequência, frequência central, frequência máxima, delta de tempo e delta da frequência. O parâmetro delta do tempo demostrou também a sua média e desvio padrão mais uniforme, indicando que este deve ser usado como caráter diferenciador nas análises de emissões sonoras de jubarte. A subunidade C apresentou uma grande distribuição geográfica principalmente no Hemisfério Sul. A comparação das subunidades encontradas com as registrads na literatura demostra que elas são adequados marcadores bioacústicos para a jubarte no uso de metodologia do MAPA. Os dados obtidos no presente estudo serão usados para iniciar o primeiro banco de dados de sons para mamíferos aquáticos no Atlântico Sul, denominado SONOTECA, em parceria com o SISISMMAM (Sistema Integrado de Som e Monitoramento de Mamíferos Marinhos) /IBAMA. |