Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Barros Neto, Ludgero Rego
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Orientador(a): |
Assis, Renato Linhares de |
Banca de defesa: |
Assis, Renato Linhares de,
Araújo, Ednaldo da Silva,
Faver, Leonardo Ciuffo |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10444
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Resumo: |
O presente estudo visa avaliar as contribuições do Projeto Educando com a Horta Escolar para o fortalecimento das práticas em agricultura orgânica familiar no município de Carinhanha - BA. Buscando entender os fundamentos básicos propostos no desenvolvimento do PEHE, durante o período de 2008 a 2012 e relaciona essa proposta aos princípios agroecológica, através de hortas sustentáveis no ambiente escolar, sem perder de vista o papel dessas práticas para a agricultura familiar que é interlocutora desse estudo. Para saber se técnicas desenvolvidas no PEHE, ultrapassaram as barreiras das escolas e contribuíram para a agricultura local das comunidades rurais carinhanhenses, principalmente o Angico (ribeirinha), Parateca (quilombola) e Agrovila 15 (reforma agraria). Como estratégica metodológica, utilizou-se da abordagem da pesquisa qualitativa e para a coleta de dados foram utilizados varias técnicas objetivando revelar ações, percepções e comportamentos dos participantes da pesquisa, como: estudo de caso, grupo focal, observação participante, questionário, análise documental e a entrevista. Foram ouvidas 33 famílias e entrevistados 03 diretores, 03 professores, 03 coordenadores e 33 representantes familiares com idade média de 40 anos. Verificou-se que 79% dos agricultores entrevistados só estudaram até o ensino fundamental, bem como que entre 76% dos que possuem lote rural, apenas 3% afirmou residir no lote, 69% vai ao lote diariamente e 96% afirmaram desenvolver agricultura a mais de 10 anos. Além disso, todos os agricultores desenvolvem agricultura dependente de chuva, e em algumas comunidades verificaram-se atividades em ilhas do Rio São Francisco sem o uso de irrigação. Levando-se em consideração o envolvimento desses agricultores com o desenvolvimento do PEHE, tivemos os seguintes resultados: 6% dos entrevistados afirmaram que tiveram algumas orientações no uso de produtos sustentáveis para o desenvolvimento das práticas agrícolas; 24% dos entrevistados fazem algum controle natural de pragas; apenas 21% apontaram ter assistência técnica, sendo esta considerada uma das principais dificuldades de desenvolvimento da agricultura, juntamente com a seca e os insetos; mesmo assim, 70%dos entrevistados afirmaram já ter ouvido falar em produtos orgânicos e apenas 24%afirmaram que conhecem produtores que não utilizam produtos químicos; após diversas falas as mães consideram a escola como o melhor ambiente para o aprendizado dos alunos e envolvimento das famílias com a comunidade, apesar de haver pouca interação do PEHE com os agricultores familiares que representa 85% da mão de obra do município. Por fim obtivemos aos seguintes resultados: os dados resultantes da atividade investigativa revelaram que as práticas do PEHE não influenciaram diretamente nas práticas agrícolas dos sistemas de cultivos tradicionais dos agricultores na região, mas, sim na incorporação do cultivo de hortaliças e frutas em áreas próximas da residência, na venda direta de produtos às escolas; na melhoria da educação e alimentação com a diversificação do cardápio oriundo das comunidades; proporcionando a valorização do jovem no campo, a formação das ciências agrarias, formação de possíveis consumidores, a valorização das mulheres no mercado de trabalho, sua autonomia financeira e produtiva, a sustentabilidade na produção de hortaliças e na complementação da renda familiar. |