Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Marina Vasconcelos de
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Orientador(a): |
Queiroz, Jarbas Marçal de
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Banca de defesa: |
Santangelo, Jayme Magalhães,
Rodrigues , Daniela |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11286
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Resumo: |
As florestas tropicais sustentam uma grande diversidade vegetal, em parte, devido à ciclagem de nutrientes iniciada pela fauna de artrópodes do solo, que facilita a ação dos decompositores da serrapilheira, propiciando a liberação dos nutrientes estocados para o solo. Logo, estudos sobre essa fauna e que fatores a afetam são importantes para a compreensão dos processos de ciclagem de nutrientes em florestas tropicais. Dentre os representantes da fauna epigeica, as formigas-cortadeiras são consideradas os herbívoros dominantes da região Neotropical e estudos relatam seus múltiplos efeitos sobre a comunidade vegetal e o solo. Entretanto, não há estudos sobre os efeitos das formigas-cortadeiras sobre a comunidade dos demais artrópodes. Este estudo visa investigar os efeitos dos ninhos de formigas-cortadeiras Atta sexdens (Linnaeus, 1758) (Formicidae: Myrmicinae) sobre a comunidade de artrópodes do solo. A área de estudo foi a Reserva Ecológica de Guapiaçu, município de Cachoeiras de Macacu, Rio de Janeiro, Brasil, na qual coletamos amostras em 10 ninhos de A. sexdens no período de 2 a 9 de fevereiro de 2016. Ao longo de um transecto linear de 32 metros, coletamos amostras de serrapilheira de tamanho 0,25m² a intervalos de 8 metros a partir da borda de cada ninho de A. sexdens, nos quais também medimos as temperaturas do ar e do solo, a luz e a umidade relativa do ar. Objetivamos averiguar se a estrutura da serrapilheira e as condições microclimáticas alteram a estrutura da comunidade de artrópodes e se esses efeitos podem ser mediados pelos ninhos de A. sexdens. As hipóteses em estudo são: 1) Hipótese da Serrapilheira, na qual a estrutura da comunidade de artrópodes seria influenciada pela serrapilheira e a serrapilheira seria alterada por A. sexdens; 2) Hipótese dos Fatores Abióticos, na qual a estrutura da comunidade de artrópodes seria influenciada pelos fatores abióticos locais e estes fatores seriam alterados por A. sexdens e 3) Hipótese do Ninho, em que as alterações na comunidade se dariam por fatores intrínsecos à presença dos ninhos ativos e não explicados por alterações na serrapilheira e/ou nos fatores abióticos medidos. As duas primeiras hipóteses foram testadas através de regressões lineares simples, seguidas de análises de variância, avaliando os efeitos da serrapilheira e dos fatores abióticos sobre os parâmetros da comunidade de artrópodes e se esses efeitos podem ser mediados por A. sexdens. No teste da hipótese do Ninho, fizemos análises de variância e análises de similaridade, avaliando os efeitos diretos de A. sexdens sobre a comunidade dos demais artrópodes. Coletamos 3074 artrópodes, dentre os quais Acari e Collembola foram os grupos mais abundantes. Em relação às formigas, obtivemos 63 morfoespécies, em 26 gêneros e 32 espécies identificadas. O gênero Strumigenys foi um dos gêneros mais frequentes e deteve a maior riqueza dentre os predadores da mirmecofauna. Não detectamos efeitos de A. sexdens sobre a comunidade de artrópodes do solo do seu entorno. Estudos que incluam a sazonalidade e que comparem o comportamento entre diferentes espécies de formigas-cortadeiras podem resultar em novos conhecimentos a respeito da interação desses organismos com os demais artrópodes |