Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Caldeira, Rodrigo Fernandes
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Orientador(a): |
Luchese, Rosa Helena
,
Laureano-Melo, Roberto
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Banca de defesa: |
Luchese, Rosa Helena
,
Cortes, Wellington da Silva
,
Garcia, Silvia Regina Magalhães Couto
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Instituto de Tecnologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11067
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Resumo: |
Os probióticos são microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro. Tanto a nutrição quanto a microbiota materna podem modular a saúde fetal. No entanto, não se sabe os impactos da suplementação com probióticos no comportamento emocional da prole. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar se a suplementação materna com bactérias lácticas é capaz de alterar parâmetros neurocomportamentais em prole de camundongos suíços. Para este propósito, camundongos prenhas (n = 6 cada, e ~ 35g) foram divididos aleatoriamente em dois grupos: controle e grupo tratado com probiótico. Estes animais foram tratados durante a gravidez e lactação com leite ou leite fermentado com Lactobacillus paracasei a uma concentração de 107 células / ml (p.o, diariamente). Após o término do tratamento, parte da progênie com 24 dias de vida foi submetida a eutanásia e o hipocampo foi dissecado para análise de RNA. Após completar 70 dias de vida, os demais filhotes foram submetidos a uma bateria de testes comportamentais composta pelos seguintes protocolos: campo aberto, caixa escura clara, testes de labirinto em cruz elevado e suspensão em cauda. De acordo com os resultados, os animais cujas mães foram tratadas com leite fermentado tiveram uma redução na expressão de GAD 65 (19%, p = 0,006), GAD 67 (25%, p = 0,003) e subunidade α3do receptor GABAA (223%, p = 0,01) no hipocampo. Na fase adulta, a prole do grupo tratado apresentou maior tempo na área central no teste de campo aberto (62%, p = 0,04), menor latência para o lado claro no teste de caixa claro-escuro (252% p = 0,01) e menor número de comportamentos de tomada de decisão no teste do labirinto em cruz elevado (30%, p = 0,02). Nenhum resultado significativo foi encontrado no teste de suspensão da cauda. Estes resultados indicam que a suplementação materna com probiótico modula o sistema gabaérgico hipocampal da prole. Tais mudanças podem estar associadas à redução do comportamento semelhante à ansiedade ao atingir a idade adulta. |