Produtividade, fertilidade e fauna do solo em um Argissolo Amarelo cultivado com cana-de-açúcar sob diferentes sistemas de colheita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Benazzi, Eloísa dos Santos lattes
Orientador(a): Zonta, Everaldo lattes
Banca de defesa: Weber, Heroldo, Manhães, Mauri dos Santos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9089
Resumo: O trabalho foi desenvolvido, em área cedida pela Usina LASA no município de Linhares – ES situada na zona estratigráfica denominada Baixo Rio Doce, em Argissolo Amarelo textura arenosa/média. A vegetação primária remanescente é representada pela Floresta Tropical Subperenifólia e a altitude local é de 28m. O clima da região é o Aw na classificação de Köppen. A cana-de-açúcar tem grande importância econômica no Brasil e um cenário favorável no país – maior produtor mundial e detentor da tecnologia de produção de etanol de cana. Porém, as pressões para inclusão e/ou ampliação das fontes renováveis na matriz energética mundial, com vistas a mitigação dos gases do efeito estufa, e da proibição da prática da queima no manejo da cana-de-açúcar, torna-se necessário avaliar os efeitos da manutenção ou eliminação da palhada na superfície do solo. Sendo assim, os objetivos do presente trabalho foram: consolidar as informações referentes a experimento de longa duração na área em estudo, quanto à fertilidade e fauna do solo (Capítulo I); avaliar os impactos promovidos pelo manejo da colheita sobre os parâmetros de fertilidade do solo (Capítulo II), a atividade da macrofauna edáfica (Capítulo III), e produtividade da cultura (Capítulo IV). No Capítulo I a compilação dos estudos revelou que a palhada influencia positivamente, na superfície do solo, os valores de carbono orgânico, pH, Mg, Ca, valor S, valor V e CTC (valor T); a queima da cana, pela adição de cinzas, elevou os teores de K e P em superfície, e de Ca e Mg em profundidade. Quanto a fauna do solo, o tratamento cana crua apresentou superioridade de indivíduos para população de minhocas em duas épocas, e para mesofauna na profundidade de 0-5 cm; já o tratamento com queima permitiu um maior número de indivíduos na camada de 5-10 cm. Em ambos os tratamentos, houve participação dos mesmos grupos funcionais embora, para a cana queimada, a presença de micrófagos que vivem em profundidade se aproveitando da matéria orgânica ofertada pelo sistema radicular tenha sido maior e, para a cana crua houve maior presença de larvas (saprófagos). No Capítulo II, os resultados indicam que tratamentos com manutenção da palhada apresentaram, superficialmente, maiores valores para carbono orgânico, H+Al, Ca, Mg, Valores S e T. Os tratamentos com queima tiveram os maiores valores de K e P em superfície, indicando a composição do material que originou a cinza (palha da cana). Entre os períodos de coleta, foram observadas diferenças devido as condições edafoclimáticas, que favoreceram a decomposição, para os teores de carbono orgânico no solo. No Capítulo III concluiu-se que os índices de diversidade de Shannon e riqueza foram mais eficientes que a densidade total na avaliação da influência dos sistemas de colheita da cana, estando os seus maiores valores relacionados às áreas colhidas sem queima. No Capítulo IV, não foi detectado o efeito dos tratamentos sobre a produtividade de colmos e folhas, mas este surgiu na avaliação de ponteiros, onde a maior produtividade ocorreu sob o sistema cana crua.