Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Martins, Sonia Ferreira
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Orientador(a): |
Campos, Marília Lopes de |
Banca de defesa: |
Campos, Marilia Lopes,
Fonseca, Lana Claudia de Souza,
Benacchio, Rosilda Nascimento |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12561
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Resumo: |
A dissertação parte de experiências em Educação Popular ocorridas em áreas ocupadas na década de 1980 em Campo Alegre, atualmente situadas em dois municípios diferentes, Nova Iguaçu e Queimados, na Baixada Fluminense. A partir do protagonismo da educadora-pesquisadora e autora deste trabalho no contexto da ocupação na década de 1980, realizou-se pesquisa-ação em atividades de formação continuada com educadores(as) nesses territórios onde anteriormente ocorreram as experiências de Educação Popular e Comunitária e que hoje se materializam em duas escolas municipais: a Escola Municipal Campo Alegre (rede municipal de Nova Iguaçu) e a Escola Municipal José Anastácio (rede municipal de Queimados), ambas atualmente configuradas como “escolas do campo”. A pesquisa-ação realizou atividades visitando o passado (período da ocupação), buscando trazer experiências educativas daquele contexto histórico em que as “escolas” eram uma extensão do assentamento e vice-versa. Ao levar os(as) atuais educadores(as) dessas duas escolas a tomarem contato com essas experiências anteriores - desconhecidas por quase todos(as) - buscou-se apresentar essas imagens do passado como diálogo para suas atuais configurações identitárias como “escolas do campo”, oferecendo pistas para a elaboração de um processo pedagógico e de um fazer curricular “diferenciado”. Nele, propunha-se que os(as) educadores(as) se redescobrissem num processo (auto)formativo junto com outros participantes (moradores, estudantes, agricultores do passado e do presente) a partir de novas perspectivas, ressignificando a relação escola/ comunidade. Apresenta-se uma reflexão sobre os encontros e desencontros entre práticas de Educação Popular Comunitária forjadas no ventre do assentamento e, no desdobramento das décadas, dentro do âmbito de práticas normatizadas de educação escolar pública. Nos confrontos e diálogos entre esses diferentes processos educativos, é possível identificar um espaço que nem é a escola comunitária do passado nem a escola atual regulada pelo poder público: é um espaço educativo que se reconstrói a cada dia a partir de processos de formação continuada e de práticas curriculares informais na direção de uma educação “outra” (Arroyo). Nesta reconstrução, todos são educadores(as) de uma escola que rompe com os muros e abre assim o canal que faz fluir o trânsito entre a escola e a comunidade através do Estudo da Realidade (Freire) e do trabalho com as memórias. |