Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Soares Neto, João
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Orientador(a): |
Lorenzon, Maria Cristina Affonso
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Banca de defesa: |
Moura, Sinevaldo Gonçalves de,
Tassinari, Wagner de Souza |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
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Departamento: |
Instituto de Zootecnia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14876
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Resumo: |
A criação de abelhas (Apis mellifera) é uma atividade agrária considerada de tecnologia fácil de ser implementada, que explora recursos naturais de áreas cobertas por flora nativa e de cultivos. Atualmente, a feição produtiva da abelha africanizada no Brasil é inegável, porém a produtividade dos apiários requer melhor avaliação. Dados referentes à produção anual de mel por colmeia nas diversas regiões brasileiras são escassos e conflitantes, indicativo da falta de controle zootécnico das criações. Comumente, os dados de produção são estimados através de totalidade das produções nacional de alguns estados brasileiros. No estado do Rio de Janeiro, a apicultura não se revela diferente de outros estados avaliados, a produção média de mel por colmeia é de 14 kg/ano, respondendo por apenas 1% do mel produzido no Brasil, o que retrata este estado como de pequeno produtor, apesar de ter sido um dos Centros Nacionais de ampla difusão de conhecimento e tecnologia apícolas, presente há mais de 60 anos. A idealização dessa pesquisa foi baseada na constatação de que a apicultura fluminense necessita de mudanças estruturais importantes para garantir sua expansão. Com este intuito, este estudo objetivou avaliar as condições tecnológicas de apiários de abelhas africanizadas, a partir dos seus apicultores. Foram escolhidos 39 municípios do estado do Rio de Janeiro, em função de seu grau de perdas dentro do contexto apícola fluminense. Cada mesorregião do estado teve alguns de seus municípios amostrados. Para avaliar o desempenho do apicultor e, ou da atividade apícola, formulou-se um índice, denominado de indicador de desempenho apícola – IDApi. É uma forma resumida de se mensurar, em um único valor, uma série de variáveis de interesse do experts. Através deste indicador é possível qualificar o atual momento da apicultura fluminense, identificar seus entraves, propor e orientar ações corretivas de manejo apícola, que estejam diretamente relacionadas aos índices de produção (produção total e a média de produção de mel por colmeia). Os dados para análise foram tabulados ao longo de 2009 e 2010. Para a construção do IDApi, exigiu-se quatro meses. As análises estatísticas foram realizadas no pacote estatístico R versão 2.8.1, e as análises espaciais no sistema de informações geográficas (SIG) TerraView versão 3.1.3. Ambos os softwares são livres. Os resultados mostraram que a apicultura fluminense de maneira geral necessita de planejamento, organização e gerência técnica a curto, médio e longo prazo. Os resultados apresentados aqui são pontuais e localizados, necessitando de medidas de controle principalmente por parte dos próprios produtores, como: a escolha do local adequado para os apiários e a correta instalação das colmeias; o povoamento de colmeias há um alto percentual de apicultores (95%) necessita se adequar a tecnologia de povoamento de seus apiários. O manejo adotado pelos apicultores fluminenses em seus apiários revela que 93% ainda adotam tecnologias que coloca a atividade em alto risco. Concluímos que o IDApi mostrou-se eficiente apresentando alguns dos gargalos tecnológicos e de manejo das temáticas avaliadas a serem revista e melhor planejadas e se necessário modificadas. |