"Nós somos o piloto do navio, o comandante”: diretores, gestão democrática e desafios para a manutenção e funcionamento de creches em Duque de Caxias – RJ
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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Departamento: |
Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18741 |
Resumo: | Esta pesquisa está situada no campo da Educação Infantil e tem por objetivo evidenciar os desafios e as estratégias de quatro diretoras na garantia do atendimento às crianças em suas unidades e na relação com as famílias. O trabalho de campo ocorreu na Rede Municipal de Educação de Duque de Caxias, município da Baixada Fluminense, no estado do Rio de Janeiro. O estudo busca apoio teórico em Paro (2007, 2012 e 2015), Lima (2020) e Souza (2019) sobre gestão escolar e seu caráter democrático. Para contribuir com as análises sobre o papel do diretor dentro das camadas da burocracia, utilizamos os estudos de Lotta (2018), Pires (2016), e Abrucio et al. (2021), por abordarem a gestão de espaços de educação infantil. As proposições de Kramer (2005, 2011, 2019 e 2021), Guimarães (2011), Corsino (2012) e Monção (2021) nos auxiliam a pensar nas singularidades dessa etapa educacional. São consultados também documentos oficiais (Brasil, 1988, 1990, 1996, 2009, 2014) que apontam os aspectos legais da gestão democrática no Brasil e que tratam do atendimento às crianças de 0 a 5 anos no país. Desenvolvida numa abordagem qualitativa (André, 1991, 2013; Lüdke; André, 1986), a pesquisa teve como instrumento de produção de dados a realização de entrevistas a partir da proposição de três situações cotidianas elaboradas pela pesquisadora. O diálogo com as entrevistadas teve a intenção de ressaltar como estas gestoras (re)agem diante dos obstáculos, para garantir o atendimento das crianças nas unidades escolares que atuam e para construir sua relação com as famílias. A descrição e a discussão dos dados foram realizadas por meio da análise das entrevistas descritas no último capítulo deste trabalho, extraindo alguns excertos das falas das participantes e referendando esse material com o referencial teórico desta pesquisa. Os resultados da pesquisa revelam que as diretoras utilizam estratégias que envolvem acolhimento e diálogo para resolver as demandas que se referem à frequência das crianças e a manutenção do dia letivo, valorizando o bom relacionamento com a comunidade escolar, segundo elas mesmas. Apesar de atuarem em um espaço entre as necessidades da comunidade e a Secretaria Municipal de educação, como burocrata de médio escalão, estas gestoras possuem limitadas ações na implementação das políticas públicas educacionais, mas com reconhecida importância em seu papel relativo à sua atuação profissional. Espera-se, por meio dos resultados obtidos com este estudo, dar visibilidade à gestão da educação infantil, inquietar e, se possível, afetar modos de pensar as políticas de organização destas instituições que sejam comprometidos com a qualidade dessa etapa educacional. |