Controle da mancha-de-estenfílio do tomateiro com produtos de ação fungicida: eficiência e teores de metais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Melo, Jessica Coelho lattes
Orientador(a): Carmo, Margarida Goréte Ferreira do
Banca de defesa: Carmo, Margarida Goréte Ferreira do, Abboud, Antônio Carlos de Souza, Silveira, Silvaldo Felipe da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13646
Resumo: A mancha-de-estenfílio, causada por Stemphylium solani, tem ocasionado perdas na cultura do tomateiro (Solanum lycopersicum L.) em várias regiões do Brasil. Apesar de existirem cultivares resistentes, o controle tem sido feito, essencialmente, com aplicação de fungicidas. Estes, apesar da praticidade e eficiência podem levar ao acúmulo de substâncias poluentes no ar e nos frutos. O presente trabalho teve como objetivos avaliar: 1) a eficiência do controle químico da doença com fungicidas comerciais registrados para a cultura e com produtos alternativos como caldas e extratos de plantas; 2) a influência destes tratamentos no desenvolvimento e produção do tomateiro; 3) o aporte de metais no sistema e os seus teores nas folhas e frutos; 4) comparar os teores de metais na massa fresca dos frutos com os limites permitidos pela legislação. Realizaram-se três ensaios, um em casa-de-vegetação e dois no campo e compararam-se diferentes produtos: mancozebe, tebuconazole, oxicloreto de cobre, calda viçosa, calda bordalesa, calda sulfocálcica, extrato de alho e água. Avaliaram-se o progresso da doença, a produção e o aporte de metais no solo, plantas e frutos (Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Mn, Pb, Ni e Zn). A doença ocorreu em média a baixa intensidade e não afetou a produção de frutos, o que não permitiu uma adequada avaliação da eficiência dos tratamentos. Dentre todos os produtos testados, as caldas bordalesa e viçosa e o mancozebe foram os mais eficientes no controle da doença, porém, sem afetar o acúmulo de massa fresca e seca das plantas e a produtividade. As caldas bordalesa e viçosa foram os produtos que mais contribuíram para a incorporação de metais ao agrossistema seguido do mancozebe e do oxicloreto de cobre. A concentração de metais nos frutos esteve abaixo do limite máximo permitido pelo Regulamento Técnico MERCOSUL, no entanto, merece atenção tendo em vista o fato dos valores de Cd encontrados nos frutos estarem muio próximo do limite permitido, especialmente nos tratamentos com calda viçosa, oxicloreto de cobre e calda bordalesa. O uso contínuo de fungicidas e das caldas viçosa e bordalesa podem contribuir para o acúmulo de metais pesados no agrossistema. Novos estudos abordando este tema devem ser feitos.