Transver o mundo e amar o puro traste em flor: uma conversa com Paulo Freire e Manoel de Barros
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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Departamento: |
Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20375 |
Resumo: | O presente texto traz as considerações de pesquisa tecidas a partir das reflexões realizadas ao longo dos estudos do Mestrado, realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Ao colocar Manoel de Barros em diálogo com Paulo Freire, nosso principal objetivo é aprofundar a leitura da obra do educador, sobretudo quanto às tensões existentes em muitas questões de nosso tempo e que confrontam fatos do capitalismo contemporâneo. Nesse sentido, a poesia barroseana nos permite “transver” o pensamento freireano, porque ultrapassa o entendimento e a leitura de palavras para alcançar uma nova leitura de mundo. Aspectos biográficos de Paulo Freire, como alguns pontos de sua infância e recortes específicos de seu pensamento, como a ideia do sonho possível, da utopia, dos inéditos-viáveis, das situações- limite e da esperança constroem o primeiro capítulo, “Esperançar é carregar água na peneira”, em que o pensamento freireano adquire novos sentidos no “devaneio poético” de Manoel de Barros. O segundo capítulo, “O elogio do inútil contra o fatalismo neoliberal”, por sua vez, aborda alguns conceitos freireanos, como a recusa ao discurso e à ideologia neoliberal, a vocação ontológica de humanização, a busca do Ser Mais, a consciência do inacabamento e a crítica à educação bancária e encontra, na poesia barroseana, a partir de um protagonismo estético de ruptura que ressignifica inutilidades, belezas e desimportâncias, uma leitura que nos faz pensar sobre alguns problemas contemporâneos. O terceiro e último capítulo, “Nem reis nem regências: o momento (est)ético da linguagem e a procura do sonho de Guevara”, tem como abordagem principal o cruzamento das estéticas, freireana e barroseana, na percepção de suas linguagens e suas leituras em torno da ideia de linguagem enquanto categoria estética e política. Por fim, encerramos a pesquisa trazendo as considerações finais acerca do que foi realizado e do que ainda pode se realizar dentro da temática escolhida e das problemáticas que a envolvem e, ainda, nos dedicamos a pensar sobre a contemporânea necessidade de resgatarmos a nossa sensibilidade a partir de uma experiência da “poética da dor”. |