Comparação das técnicas de criocirurgia, vasectomia e epididimectomia para a formação de rufiões caprinos (Capra hircus)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Freire, Kelly Regina Freitas lattes
Orientador(a): Caldas, Saulo Andrade lattes
Banca de defesa: Caldas, Saulo Andrade, Helayel, Michel José Sales Abdalla, Carvalho, Vivian de Assunção Nogueira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14168
Resumo: O objetivo do estudo foi comparar a eficiência da criocirurgia da cauda do epidídimo com as técnicas cirúrgicas de vasectomia e epididimectomia para formação de rufiões caprinos, avaliando a eficácia da criocirugia na cauda do epidídimo para a obtenção de esterilização irreversível de machos, através de avaliações andrológicas, testes de libido, avaliações ultrassonográfica e histopatológica, em todos os grupos. Foram utilizados 30 caprinos, divididos em grupos para a realização dos tratamentos propostos de criocirurgia da cauda do epidídimo (n=10), vasectomia (n=10) e epididimectomia (n=10). Todos os animais foram submetidos ao procedimento de orquiectomia após 90 dias. As análises estatísticas foram realizadas por análise de variância e comparação por teste Tukey a 5% de significância. As análises demonstraram que nos grupos de vasectomia e epididimectomia todos os animais apresentaram necrospermia ou azoospermia já na primeira coleta após tratamento e quanto a técnica de criocirurgia, dos dez animais, quatro (4/10) obtiveram necroespermia a partir da primeira semana de coleta pós tratamento, permanecendo em necroespermia até o final do experimento. Os demais, apresentaram espermatozóides viáveis ao longo das coletas seminais. Diferente das técnicas de vasectomia e epididimectomia, que apresentaram resultados de concentração espermática zerados ao longo das análises, a criocirurgica, apresentou valores de concentração espermática que se elevaram ao longo do estudo, devido a nova produção seminal, o que interferiu também na coloração e nos aspectos das amostras. Foi observado no grupo de criocirurgia, alterações ultrassonográficas testiculares, com o aumento dos mesmos, textura heterogênea e a cauda do epidídimo com presença de áreas circulares císticas com margens hiperecoicas bem delimitadas, com conteúdo hemogêneo e hipoecoico ou anecoico em seu interior. Essas alterações também foram observadas nas cabeças dos epidídimos dos animais vasectomizados. Os animais do grupo de epididimectomia apresentaram fibrose na região de ressecção da cauda do epididídimo. No exame histopatológico, as lesões mais encontradas, independente da área de corte, foram o infiltrado inflamatório composto em sua maioria por linfócitos, plasmócitos e mastócitos, seguidos de presença de granuloma espermático e fibrose. Concluímos que a técnica de criocirurgia, apesar de segura, rápida, de fácil execução, com baixo custo, e isenta da ocorrência de complicações pós-operatórias, não apresentou suficiência superior as técnicas cirúrgicas comumente utilizadas como a vasectomia e a epididimectomia, para a obtenção de azoospermia definitiva.