Avaliação clínica e laboratorial do tratamento com lactulose de cães com doença renal crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pereira, Juliana de Abreu lattes
Orientador(a): Botteon, Rita de Cássia Campbell Machado
Banca de defesa: Botteon, Rita de Cássia Campbell Machado, Veado, Júlio César Cambraia, Machado, Carlos Henrique, Nobre e Castro, Maria Cristina, Baldani, Cristiane Divan
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10115
Resumo: Prebióticos, como a lactulose, podem favorecer a alteração do padrão fermentativo da microbiota colônica de proteolítico para sacarolítico; o que possibilita maior assimilação de compostos nitrogenados pelos microrganismos do cólon. O presente estudo teve por objetivo avaliar, em cães com DRC, o efeito da utilização continuada de lactulose por via oral, sobre o metabolismo de compostos nitrogenados; o metabolismo do ferro, e sobre as concentrações séricas de albumina, magnésio, cálcio e fósforo. Vinte e um animais portadores de DRC em estágios IRIS II e III, com manejo e alimentação normais, foram avaliados clinicamente e laboratorialmente por um período de 28 dias; divididos em três grupos conforme o tratamento: T1 – lactulose + ração terapêutica, T2 – lactulose + tratamento convencional + ração terapêutica, T3 – tratamento convencional + ração terapêutica. Para os três grupos (T1, T2 e T3), os parâmetros clínicos foram indicativos de anemia e escore corporal de regular a ruim, de acordo com o grau da enfermidade, ao longo de todo tratamento. As médias dos parâmetros hematológicos e bioquímicos são condizentes com achados laboratoriais comuns em nefropatas; com elevados valores de ureia e creatinina e valores decrescidos de hematócrito. Para todos os parâmetros as variações durante o período não apresentaram diferença significativa entre os tempos e tratamentos, à exceção das médias de calcemia que foram maiores para o grupo T1; o que pode indicar que para os animais deste grupo a monoterapia com lactulose pode ter aumentado a absorção deste mineral. Com relação ao metabolismo de ferro, os dados revelaram que a anemia encontrada nos cães em todo o período experimental apresentou características de cronicidade, uma vez que as médias dos grupos permaneceram dentro dos intervalos de referência para ferro e transferrina; além de médias elevadas de ferritina, sem diferenças significativas entre grupos e momentos. Os dados obtidos permitiram concluir que não houve diferença entre os tratamentos propostos com relação ao estado clínico e aos perfis bioquímicos e minerais, bem como ao metabolismo de ferro; o que justifica que os mecanismos de ação dos prebióticos em nefropatas devem ser avaliados com maiores detalhes.