Patogenicidade, efeito da temperatura no desenvolvimento e controle de isolados de Colletotrichum gloeosporioides, agente causador da antracnose da juçara (Euterpe edulis Mart.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Poltronieri, Tathianne Pastana de Sousa lattes
Orientador(a): Azevedo, Luís Antônio Siqueira de lattes
Banca de defesa: Pimentel, João Pedro, Silveira, Silvaldo Felipe da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade e Biotecnologia Aplicada
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13540
Resumo: A palmeira juçara (Euterpe edulis), nativa do bioma Mata Atlântica, tem um enorme potencial em termos ecológicos e econômicos. Utilizada apenas para a produção de palmito, mas a sua exploração desordenada acabou levando a esta espécie de palmeira ao risco de extinção. Devido a isso diversos estudos estão sendo realizados com o intuito de se descobrir métodos de extrativismo sem a destruição da planta. Recentemente uma maior atenção tem sido dada aos seus frutos para a produção de polpa similar ao açaí produzido na Amazônia, porém com índices nutricionais bem mais elevados. Existem poucos estudos sobre as doenças que atacam a palmeira juçara. A principal doença já relatada é a antracnose, causando desfolhamento, morte dos ponteiros e podridão dos frutos. Como as características fisiológicas de isolados do fungo Colletotrichum gloeosporioides em juçara não são conhecidas, este trabalho teve como objetivo avaliar a patogenicidade de diferentes isolados obtidos em quatro locais dos municípios de Paraty (RJ) e Ubatuba (SP), avaliar o efeito da temperatura no desenvolvimento fúngico, a fim de se conhecer a temperatura ideal para o desenvolvimento do patógeno nesses locais e avaliar a viabilidade de se utilizar óleos essenciais no controle in vitro de C. gloeosporiodes. Os experimentos foram conduzidos no laboratório de Fitopatologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Seropédica, RJ). O crescimento dos quatro isolados foi avaliado in vitro nas temperaturas de 20ºC, 25ºC, 28ºC, 30ºC, 32ºC e 35ºC, usando câmara climatizada BOD, com cinco repetições. A temperatura ideal para o desenvolvimento do fungo foi 28ºC, para todos os isolados avaliados. Com base nesta temperatura foi realizado testes in vitro com óleos essenciais de três espécies botânicas: pimenta de macaco (Piper aduncum), cravo-da-índia (Caryophyllus aromaticus) e nim (Azadirachta indica), em diferentes concentrações: 0, 100, 250, 500, 750, 1000, 1250 e 1500μg/ml, para avaliar a fungitoxidade desses óleos essenciais no crescimento de C. gloeosporioides durante sete dias. Foi observado que o óleo de cravo-da-índia apresentou maior efeito fungitóxico quando comparado aos demais, inibindo o crescimento micelial na menor concentração (100μg/ml), seguido do óleo de Piper aduncum. O óleo de nim apresentou inibição parcial do crescimento micelial em todas as concentrações avaliadas.