Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos Junior, Jailton Ribeiro Dos
 |
Orientador(a): |
Cabral, Lourdes Maria Correa
 |
Banca de defesa: |
Silva, Otniel Freitas
,
Cabral, Lourdes Maria Correa
,
Ramos, Andresa Viana
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
|
Departamento: |
Instituto de Tecnologia
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20015
|
Resumo: |
O maracujá (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa DEG) é uma fruta de origem tropical, difundida no Brasil, maior produtor e consumidor. É um fruto climatério que continua seu processo de amadurecimento após destacado da planta. Característico do fruto climatérico, o maracujá apresenta vida útil curta, com problemas pós-colheita, sendo o murchamento e a susceptibilidade ao ataque de microrganismos como os fungos, alguns deles. Mediante a isso, este trabalho teve como objetivo desenvolver compósitos a base de quitosana a serem utilizados como revestimento em frutos de maracujá visando a manutenção da sua qualidade pós-colheita. Para isso, seis soluções filmogênicas foram preparadas usando quitosana (Q) como base polimérica, glicerol como plastificante, cera de carnaúba e resina colofônica como agentes promotores de hidrofobicidade e nanopartículas de óxido de zinco como agente antimicrobiano. Ácido acético e Tween 80 também foram utilizados para facilitar a dissolução e mistura dos componentes. As seis soluções filmogênicas contêm Q a 1,2% p/v, variação da presença de cera (QC) ou resina (QR)a 0,6% m/v e ZnOnano a 0,05% m/v. Os filmes foram produzidos por casting e caracterizados quanto às suas propriedades químicas, mecânicas e ópticas. Soluções contendo cera ou resina, com ou sem a presença de ZnOnano foram aplicadas em frutos do maracujazeiro. Para determinar o efeito no processo de amadurecimento, os frutos foram submetidos a análises de perda de massa, textura, cor, pH, acidez, sólidos solúveis totais, açúcares e índice de perdas pós-colheita. Foram gerados filmes flexíveis, com espessura variando de 85,71 ± 5,35 a 152,86 ± 7,56 μm. Os filmes controle (Q) apresentaram maior transparência, quando comparados aos adicionados de cera ou resina. A adição de ZnOnano aumentou a resistência à tração. Referentes as propriedades ópticas, todos os tratamentos apresentaram baixa ou nenhuma transmissão a luz UV, na região da luz visível (350-800 nm), os filmes de resina apresentaram os menores valores de transmitância. As adições de cera ou resina diminuíram a solubilidade em água e a permeabilidade ao vapor d’água. Após a caracterização dos filmes, em uma primeira etapa, revestimentos com QC e QR com e sem a presença de ZnOnano foram avaliados e os resultados demonstraram que revestimentos QR foram mais eficazes em proteger os frutos contra a perda de peso e apresentaram melhor aspecto visual, menor perda de frutos por lesões e ataques de microrganismos. Assim, os revestimentos com resina foram selecionados para uma segunda etapa de experimento, onde avaliou-se o efeito do aumento da concentração da resina de 0,6 para 0,8% na formulação dos revestimentos. Esse aumento na concentração propiciou melhor proteção aos frutos contra a perda excessiva de massa e retardaram as alterações físico- químicas relacionadas à maturação (Acidez, pH, sólidos solúveis, firmeza) quando comparados aos frutos sem revestimento. Portanto, revestimentos contendo resina de colofônia proporcionaram os melhores resultados em aplicações pós-colheita para controlar os problemas de armazenamento de frutos do maracujazeiro. |