Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Reis, Márcio Caneiro dos
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Orientador(a): |
Maluf, Renato Sérgio Jamil
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9540
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Resumo: |
O estudo objetiva contribuir para a compreensão dos processos históricos e para a formulação de estratégias de promoção do desenvolvimento local propondo a inclusão, no Mapa da Estrutura-Ação das Sociedades Capitalistas no Espaço Mundial, de Boaventura Santos, do Espaço do Sujeito e do Espaço Grupal. A tese que procuramos demonstrar, em meio à análise da passagem do desenvolvimento nacional para o desenvolvimento local e das representações do desenvolvimento no plano local, é que os espaços sociais se ampliaram com as transformações históricas ocorridas ao longo do último meio século. Essa ampliação dos espaços sociais provocou dois efeitos: comprometeu as leituras da história que forneciam subsídios para a construção de estratégias de promoção do desenvolvimento; e tornou os espaços locais espaços privilegiados para se pensar o desenvolvimento. As análises, ao longo desse período, passaram a pontuar os atributos locais, os atores, suas instituições e relações sociais como forma de alavancar o desenvolvimento local. Ao caminharem nesse sentido, enfatizam as famílias, as comunidades, formas de produção que não se encontram direcionadas para o mercado, formas de regulação dos conflitos sociais que não são abarcadas pelas regras emanadas do Estado Territorial e relações internacionais que não se encontram limitadas àquelas estabelecidas entre os Estados Nacionais e nem pelo fluxo tradicional de capitais e de comércio internacional. Para dar conta dessa complexidade e demonstrar, primeiro, que os espaços sociais se ampliaram e, depois, que é importante considerar e que é possível detectar, em meio à ampliação desses espaços, um espaço próprio do sujeito e um espaço próprio dos grupos sociais e que a percepção de ambos é importante para a análise dos processos históricos locais, optamos por desenvolver um argumento que pode ser dividido em cinco partes: 1) evidenciar as transformações históricas recentes que nos parecem relevantes para a discussão aqui realizada; 2) demonstrar como essas transformações históricas comprometeram a leitura da história inerentes às teorias do desenvolvimento; 3) como, a partir dessas mesmas teorias, podemos perceber os espaços sociais se ampliando; 4) abordar o problema do desenvolvimento local a partir de algumas contribuições teóricas que se dedicam ao tema, para saber se os espaços sociais ampliados vêm tendo alguma relevância e, se sim, como eles vêm sendo tratados; e 5) propor a inclusão, no Mapa da Estrutura-Ação de Boaventura Santos, do espaço do sujeito e do espaço grupal. A importância da consideração desses dois espaços estruturais para as discussões sobre desenvolvimento local está no fato de que: a) o sujeito ficou em evidência com as transformações recentes, dado o processo de individualização que se encontra em curso; e b) não há como considerar a criatividade da vida social sem considerar os aspectos subjetivos e intersubjetivos que permeiam as relações das pessoas com elas mesmas e das relações que elas estabelecem na formação dos grupos sociais. Dessa forma, focar apenas os limites objetivos do desenvolvimento pode não ser suficiente para provocar o desencadeamento de processos de desenvolvimento local, que deve considerar a incerteza inerente aos processos históricos, bem como a pluralidade de caminhos. |