Indicadores de deficiência hídrica em três variedades de milho (Zea Marys L)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1978
Autor(a) principal: Rossiello, Roberto Oscar Pereyra lattes
Orientador(a): Fernandes, Manlio Silvestre lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10519
Resumo: Três variedades de milho (Zea mays L.), Piranão, Centralmex e IPEACS III, foram submetidas a stress hídrico em duas fases do crescimento vegetativo. As diferenças na taxa e percentagem final de germina- ção, alongamento da raiz e do coleóptilo foram avaliadas nas três variedades, quando submetidos a um stress osmótico de -15 atmosferas, usando-se manitol como osmoticum. Centralmex mostrou a maior percentagem de germinação final nestas candi- ções e IPEACS III, a menor; Piranão apresentou um comportamento intermediário. Diferenças entre as variedades nos respectivos percentuais de alongamento da raiz e coleóptilo foram notadas ao serem comparadas com seus controles mantidos em água deionizada. Quando as variedades foram comparadas em um estágio mais avançado de crescimento (6-8 folhas), e o stress hídrico induzido por dessecação progressiva do solo, em casa de vegetação, a variedade IPEACS III mostrou-se severamente afetada,Piranão, relativamente, a menos afetada, apresentando Centralmex um comportamento intermediário. Neste último estágio de crescimento, fez- se uma comparação da sensibilidade de distintos indicadores metabólicos à deficiência hídrica. Com relação ao metabolismo de N, foram avaliados os teores foliares de N-nítrico, N-amoniacal, N-amino livre, prolina e N-proteico. No que diz respeito ao metabolismo de carbohidratos, avaliou-se o teor foliar de carbohidratos solúveis. Foram observados incrementos nos teores de N-amoniacal, N-ní- trico, N-amino livre, prolina e carbohidratos solúveis. Concomitantemente, observou-se decréscimos para o teor de N-proteico e a atividade de nitrato-reductase. Este padrão geral de variação, em resposta a stress hídrico, se expressou em forma diferencial (estatisticamente significativa) entre variedades, indicando que, o ambiente proporcionado pela casa de vegetação foi apropriado para a separação dos efeitos decorrentes do stress hídrico daqueles devidos às características varietais. Os teores de N-amino livre e carbohidrato solúvel mostraram uma maior sensibilidade a deficits hídricos moderados. Em adição aos indicadores metabólicos, realizou-se a análise de crescimento, que mostrou ser um procedimento apropriado para descrever as variações em taxas de acumulação de matéria seca e expansão de área foliar entre as variedades. Os dados sugeriram que, as diferenças observadas em resistência ao stress hídrico entre as variedades podem ser decorrentes de três tipos de efeitos: tolerância à desidrata ção (diferenças em C.H.R.), tolerância a perda de proteínas (diferenças nos teores de N-proteico e na relação N-solúvel/ N-proteico) e incrementos na relação raiz/parte aérea. A evolução do teor foliar de prolina foi particularmente observada nos três cultivares, visando-se ligar o seu teor à explicação das diferenças em sensibilidade (ou resistência) ao stress hídrico. Os resultados atualmente obtidos, mostraram que, pelo menos em milho, é necessário um estudo mais detido dos fatores que governam a acumulação deste metabólito, antes de aplicar-se indiscriminadamente este parâmetro como indicador de resistência à seca. Finalmente, foi destacada a necessidade de experimentação direta no campo, visando a determinação do grau de sensibilidade dos distintos indicadores e a quantificação das diferenças com respeito ao comportamento das variedades em casa de vegetação.