Avaliação técnica e econômica de Eucalyptus grandis HILL ex. MAIDEN para multiprodutos em pequena propriedade na Zona da Mata Mineira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Bianquini, Luana Almeida lattes
Orientador(a): Leles, Paulo Sérgio dos Santos lattes
Banca de defesa: Leles, Paulo Sérgio dos Santos, Silva, Gilson Fernandes da, Silva, José de Arimatéa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11243
Resumo: O presente estudo realizou uma análise técnica e econômica a partir da comparação de duas simulações de comercialização do estoque final de plantio de Eucalyptus grandis na Zona da Mata de Minas Gerais. O plantio foi realizado em 1998 em 3,33 ha no espaçament 2,5 x 2,0m. A fim de testar a influência do desbaste, foram aplicadas três intensidades distintas (10, 50 e 75%) de redução da área basal do povoamento. Os dados foram coletados em três parcelas permanentes, nas três intensidades de desbaste aplicadas aos 10 e 11 anos após o plantio. As árvores que compõem a rebrota foram conduzidas ao sistema de talhadia simples. A partir dos dados gerados foram simuladas duas alternativas de comercialização do estoque final ao 12o ano: (Simulação A) comercialização da madeira para lenha; (Simulação B) venda para multiprodutos (lenha, madeira para serraria e moirão tratado). Os resultados apontaram que o modelo volumétrico de Schumacker & Hall foi ligeiramente superior que o modelo de Spurr, levando em consideração a finalidade de gerar a estimativa do volume final das árvores da rebrota e da massa remanescente do povoamento. A equação de sortimento testada para as árvores do povoamento se mostrou adequada. O custo final obtido considerando a Simulação A foi de R$ 33.915,60 para os 3,33 ha, tendo em vista o horizonte de 12 anos. A receita bruta estimada foi de R$ 71.69,73, divida em R$ 34.064,50 com a venda da madeira oriunda do desbaste realizado ao 5o ano e R$ 37.545,23 com a venda da madeira oriunda do estoque final ao 12o ano com destino final lenha. A Simulação B apresentou custo final de R$ 90.628,54, levando em consideração o mesmo horizonte temporal. A receita bruta gerada a partir da simulação B foi de R$ 252.823,76 para os 3,33 ha dividida em R$34.064,50 com a venda da madeira oriunda do desbaste realizado ao 5o ano e R$ 218.759,26 com a venda da madeira para multiprodutos. Aplicando o método do Valor Presente Líquido (VPL) para análise econômica a fim de comparar as duas simulações verificou-se um VPL de 5.212,12 R$/ha para a Simulação A e VPL de 23.814,61 R$/ha para a Simulação B. Com isso, foi possível verificar a viabilidade econômica de ambas as simulações, sendo a Simulação B a mais rentável e vantajosa do ponto de vista econômico. No que tange as diferentes intensidades de desbaste aplicadas, a proporção de 50% (176.480,08 R$/ha) foi a alternativa que apresentou maior receita bruta, seguida pela intensidade de desbaste de 10% (138,779,50 R$/ha) e 75% (55.167,12 R$/ha). Os dados nos levam a conclusão de que o desbaste muito intenso, não foi vantajoso tanto em termos econômicos quanto em termos quantitativos de produção do estoque final para as duas simulações avaliadas, tendo em vista as condições do presente estudo. Conclui-se também que a destinação do estoque existente para multiprodutos (lenha, moirão tratado e madeira para serraria) apresentou maior retorno econômico quando comparado com a destinação da madeira para apenas um fim (lenha), consolidando nossa percepção empírica.