Estoque de carbono em área de recomposição florestal com diferentes espaçamentos de plantio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Lisboa, Alysson Canabrava lattes
Orientador(a): Leles, Paulo Sergio dos Santos lattes
Banca de defesa: Resende, Alexander Silva de, Valcarcel, Ricardo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11372
Resumo: O objetivo deste trabalho foi determinar a biomassa e a fixação de carbono orgânico em espécies florestais, serapilheira (manta orgânica) e do solo em povoamento florestal misto em diferentes espaçamentos de plantio para posterior reflorestamento. Os espaçamentos estudados foram: 1,0 x 1,0; 1,5 x 1,5; 2,0 x 2,0; 3,0 x 2,0 com área de 1.700, 1.700, 3.300 e 3.300 m² respectivamente. O número de espécies estabelecida para a implantação da recomposição foi de 45 espécies para todos os espaçamentos. Foi feito um censo em todos os espaçamentos, aos 4 anos após o plantio, para a determinação da biomassa e carbono orgânico das plantas, medindo-se a CNS (circunferência ao nível do solo) no qual foi escolhida uma planta de CNS média para cada espécie. As plantas escolhidas foram abatidas, separados os seus componentes (raiz, madeira, casca, galhos e folhas), pesados e retirada uma amostra para peso de matéria seca. Para quantificação do carbono, 12 espécies que apresentaram melhor crescimento foram escolhidas e as amostras de seus componentes, moídas e levadas ao laboratório para a determinação do teor de carbono orgânico. Amostragens foram feitas em cinco pontos, em cada espaçamento, nas camadas de 0 – 5, 5 – 10, 10 – 20, 20 – 30 e 30 – 50 cm do solo para a quantificação do carbono orgânico do solo. Os espaçamentos 1,0 x 1,0; 1,5 x 1,5; 2,0 x 2,0 e 3,0 x 2,0 m apresentaram acúmulo de biomassa de 70,33; 41,48; 42,13 e 44,61 Mg.ha-1, respectivamente. O acúmulo de biomassa nas espécies estudadas variou de 0,405 a 83,900 kg.planta-1, sendo as plantas das espécies Melia azedarach, acacia polyphila, Schyzolobium parahyba e de Cordia superba as que apresentaram maior valor de biomassa e as de menor valor as espécies Schinus terenbinthifolius, Inga sp, Lafoensia glyptocarpa e Anadenanthera colubrina. O espaçamento que apresentou maior acúmulo de serapilheira foi de 1, 0 x 1, 0 m (7,03 Mg.ha-1) e o menor, de 3,0 x 2,0 m (3,15 Mg.ha-1). O espaçamento não influenciou o teor de carbono o qual variou entre 26,03% e 37,14%. O maior e menor teor médio de carbono foi encontrado na espécie A. colubrina e Cordia trichotoma com 48,8% e 43,8%, respectivamente. Dentre os componentes das espécies selecionadas para a determinação do carbono orgânico, a casca da espécie Chorisia speciosa apresentou teor de 41,4% e a madeira de Inga sp. teor de 55,6%, sendo estes o menor e o maior valor encontrado. A maior quantidade de carbono acumulado foi encontrada na espécie Cordia superba no espaçamento 3,0 x 2,0 m e o menor valor na espécie A. colubrina no espaçamento 1,0 x 1,0 m. Os espaçamentos de plantio 1 x 1 e 1,5 x 1,5 m apresentaram maior teor de carbono no solo que os espaçamentos 2 x 2 e 3 x 2 m para povoamentos florestais com até 4 anos de idade.