Estimativa dos estoques de carbono na parte aérea de reflorestamentos de espécies nativas e remanescentes florestais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Stucchi, Guilherme Berwerth
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-26032013-151933/
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar reflorestamentos de espécies nativas da Mata Atlântica quanto à estimativa dos estoques de carbono na parte aérea lenhosa dos plantios sob diferentes idades e diversidade de espécies, comparando com remanescentes ciliares próximos às áreas de restauração, visando gerar respostas quanto ao seqüestro de carbono na parte aérea lenhosa dos plantios de espécies nativas em áreas ciliares. As áreas de restauração e matas nativas ciliares amostradas encontram-se na bacia do rio Tietê, em região de Floresta Estacional Semidecidual, às margens do reservatório da Usina Hidrelétrica de Três Irmãos, distribuídas nos municípios de Andradina, Araçatuba, Pereira Barreto, Sud Menucci, Santo Antônio do Aracanguá e Birigui - SP. Os plantios de restauração variam quanto à idade, diversidade de espécies e estabelecimento da cobertura florestal. A área total dos reflorestamentos é de 2.860 hectares. Para o cálculo do acúmulo de carbono na parte aérea lenhosa foram amostradas 75 parcelas (24 m X 18 m) em áreas de plantios e 9 parcelas nos remanescentes ciliares, onde foram medidos todos os indivíduos arbóreos com diâmetro à altura do peito - DAP > 3 cm. Foi calculada a área basal, densidade de árvores por hectare, diversidade e freqüência de espécies florestais, carbono médio por hectare e incremento médio anual de carbono, além de realizada análise qualitativa das parcelas. Para a estimativa de carbono foi admitido erro desejado de 10% e 90% de probabilidade da média. Os reflorestamentos apresentam alta variabilidade de sobrevivência e estoque de C devido a aspectos de qualidade de sítio e qualidade plantio e manutenção. No entanto, em média os reflorestamentos tem mostrado um incremento médio anual nas diferentes classes de idade variando de 0,72 a 1,76 Mg C ha-1ano-1, e com valor estimado de cerca de 1,07 Mg C ha-1 ano- 1 na idade de 20 anos. As matas nativas vizinhas amostradas mostram também ampla variação de estoque devido a perturbações, com estoque médio de 35,45 Mg C ha-1. Considerando-se a manutenção das taxas de crescimento dos reflorestamentos com 20 anos, levaria em torno de mais 15 anos para atingirem o estoque médio das matas ciliares do entorno. Os plantios mais jovens mostram maior sobrevivência e maiores taxas de crescimento que plantios mais antigos, fato este que deve estar ligado às melhores práticas silviculturais de preparo de solo, controle da matocompetição e fertilização. Um total de 84 espécies florestais arbóreas foram identificadas, sendo que 19 delas respondem por 85% dos indivíduos amostrados e 82% dos estoques de carbono, sendo predominantemente pioneiras. Os plantios podem ser classificados como plantios jovens, com predomínio de espécies pioneiras e em estágio inicial de sucessão.