Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Ayrton Bruno de Morais |
Orientador(a): |
Mortatti, Arnaldo Luís |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/33365
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO: Jovens atletas, durante as fases de pré-temporada e temporada, estão expostos a sucessivos períodos de mudanças nas magnitudes das cargas de treinamento, podendo afetar diretamente a quantidade e qualidade de sono e, consequentemente, interferir no processo de recuperação. OBJETIVO: Analisar a influência de diferentes magnitudes de carga de treinamento sobre parâmetros de sono e, de forma complementar, nas variáveis psicofisiológicas: recuperação percebida, estados de humor, tolerância ao estresse e cortisol salivar em jovens jogadores de futebol por três semanas com diferentes magnitudes de carga de trabalho. MÉTODOS: 13 jovens atletas de futebol do sexo masculino (idade: 15,93 ± 0,59 anos; massa corporal: 68,70 ± 6,12 kg; estatura: 1,75 ± 0,07 m; IMC: 22,30 ± 0,97) foram avaliados durante um mesociclo pré-competitivo, consistindo em 3 semanas de treinamento com diferentes magnitudes de carga de trabalho. A carga externa de treinamento (CET) foi verificada pelo método PlayerLoad, enquanto a carga interna de treinamento (CIT) foi determinada pelo método da Percepção Subjetiva de Esforço (PSE) da sessão. Actigrafia de pulso foi utilizada para monitorar o sono. As variáveis do sono, incluindo tempo total na cama (TTC), tempo total de sono (TTS), latência de sono (LS), despertar após o início do sono (DAIS) e eficiência de sono (ES) foram avaliadas em todas as noites de sono pós-treino. O estado de recuperação foi mensurado através da escala de Estatus de Recuperação Percebida (ERP). O estado de humor foi avaliado pela Escala de Humor de Brunel (BRUMS) e a tolerância ao estresse pelo questionário de Análise Diária das Demandas de Vida dos Atletas (DALDA). Por último, amostras de saliva foram coletadas em repouso para analisar as variações da concentração de cortisol salivar. ANOVA de medidas repetidas foi utilizada para verificar o efeito do tempo. O teste de Friedman foi utilizado para os dados que não atenderam os pressupostos de normalidade. O post-hoc de Bonferroni foi usado para verificar diferenças pontuais e o eta parcial quadrado (η2 ) foi usado como o tamanho do efeito. Correlações de Pearson e Spearman foram usadas para verificar associações entre cargas de treinamento e variáveis relacionadas ao sono. RESULTADOS: A semana 2 apresentou a maior carga de trabalho, com aumento significante na CET (p < 0,001) e CIT (p < 0,001) quando comparada com as semanas 1 e 3. Além disso, houve uma melhora significante nos parâmetros do sono durante a semana de maior carga de treinamento (TTC: +35 min, p = 0,044; TTS: +46 min, p = 0,003; LS: -5 min, p = 0,001; ES: + 3%, p = 0,019). Porém, não foi verificado efeito de tempo para ERP (p = 0,741) e para os subcomponentes da escala de BRUMS: tensão (p = 0,378), depressão (p = 0,311), raiva (p = 0,148), vigor (p = 0,178), fadiga (p = 0,063) e confusão (p = 0,630). Do mesmo modo, não houve efeito de tempo para fontes de estresse (p = 0,730), sintomas de estresse (p = 0,986) e cortisol salivar (p = 0,859). Por fim, foi verificada correlação muito forte entre CET e CIT (r = 0,783; p < 0,001), correlação moderada entre CET e TTS (r = 0,340; p = 0,037), CIT e TTS (r = 0,458; p = 0,003), CIT e ES (r = 0,359; p = 0,025). CONCLUSÃO: Durante um microciclo com cargas mais elevadas ocorre aumento no TTC, TTS, ES e reduz LS, sem afetar a hora de dormir e sem interferir na recuperação percebida, estados de humor, tolerância ao estresse e níveis de cortisol salivar. |