Melhoria da cultura da segurança do paciente em um serviço de oncologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Torres, Rodrigo Della
Orientador(a): Freitas, Marise Reis de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: MESTRADO PROFISSIONAL GESTÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26489
Resumo: Introdução: É incontestável que a preocupação com a segurança dos pacientes deve ser um dos principais focos de atenção nos serviços de saúde e a cultura de segurança nestas instituições tem forte influência no tema, pois é o produto dos valores individuais e de grupo, atitudes, capacidades de percepção e modelos de comportamento que determinam o compromisso com a gestão da segurança do paciente, o seu estilo e proficiência. Nas últimas décadas têm-se observado uma mobilização importante em torno de programas de qualidade e segurança do paciente nas organizações de saúde, porém, a implantação de um Programa de Segurança do Paciente (PSP) de forma sistemática, levando em consideração os atributos de alto nível de cultura de segurança, principalmente em serviços ambulatoriais de oncologia, ainda é um tema pouco debatido. Objetivos: Melhorar a cultura de segurança do paciente em um serviço de oncologia e avaliar o efeito da implantação de um PSP sobre a cultura da instituição. Metodologia: Estudo quase-experimental, sem grupo controle, realizado no período de julho de 2017 a abril de 2018 em um serviço de oncologia ambulatorial da cidade de Ponta Grossa - Paraná. Aplicou-se aos profissionais de saúde o questionário Hospital Survey on Patient Safety Culture ((HSOPSC) elaborado pela Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ), antes e após a implantação do PSP no serviço citado. No processo de implantação do PSP, os dados da cultura de segurança serviram de base para o desenho do ciclo de melhoria constituído por reuniões multidisciplinares, definição de responsabilidades, programa de capacitação e treinamentos, implantação e adoção de políticas e protocolos, definição e mensuração de indicadores de estrutura, processo e resultados, entre outros. Resultados: Os 60 profissionais atuantes na instituição foram convidados a participar da pesquisa, sendo que destes, 43 responderam ao questionário nas duas fases temporais. Na etapa pré-implantação do PSP, houve predominância de resultado negativo para seis (43%) das 14 dimensões, quatro dimensões mostraram predominância de neutralidade e as outras quatro dimensões com predominância de resultados positivos. Quando avaliada a fase pós-implantação do PSP, constatou-se melhoria significativa em todas as dimensões da cultura de segurança do paciente, que assumiram predominância positiva. Conclusões: A melhoria da cultura de segurança de uma instituição está diretamente relacionada à gestão da qualidade, sendo que, a mensuração da cultura de segurança foi um importante instrumento de melhoria da qualidade, na medida em que identificou as fragilidades da organização, propiciando um planejamento e ações assertivas assumidas no programa de segurança do paciente. Isso proporcionou uma mudança no cenário na cultura de segurança do paciente no serviço de oncologia pesquisado, tornando mais robusto seu compromisso com a qualidade da assistência à saúde.