Formulação, análise físico-química e microbiológica de cimentos endodônticos bioativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Duarte, Evelynn Crhistyann Medeiros
Orientador(a): Dametto, Fábio Roberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ODONTOLÓGICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44691
Resumo: Os cimentos endodônticos bioativos apresentam inúmeras aplicações clínicas, devido as suas propriedades biológicas, como a bioatividade; alta capacidade de vedação; ação antimicrobiana; liberação de íons cálcio, além de apresentar resposta inflamatória reduzida ou ausente. Baseada nesses benefícios, a presente pesquisa objetivou desenvolver e caracterizar cimentos endodônticos bioativos de baixo custo e efetividade antimicrobiana para uso na endodontia. Para isso, foram preparadas algumas formulações contendo cimentos finos, escória moída e celulose. Esses cimentos testes foram comparados com o MTA branco reparador da Angelus®. Sendo então divididos em quatro grupos: Grupo 1 (cimento fino cinza com escória moída cinza - MZVI e celulose); Grupo 2 (cimento branco cinza, escória moída branca - MPW e celulose); Grupo 3 (cimento fino branco e celulose) e Grupo 4 (MTA branco, Angelus – controle positivo). As amostras de cada grupo foram submetidas às análises de Difração de Raio-X (DRX), Análise Termogravimétrica (TG), Termogravimetria Derivada (DTG), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Potencial hidrogeniônico (pH), Picnometria, Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR) e Potencial Antibacteriano contra Enterococcus faecalis por meio do teste de difusão em ágar. Os testes estatísticos foram realizados utilizando o SPSS. As diferenças entre os grupos foram verificadas por meio do teste ANOVA com post hoc de Tukey, estatística descritiva e análises gráficas. Após a avaliação dos dados podese observar, principalmente, a presença de hidróxido de cálcio, silicato dicálcico, silicato tricálcico, aluminato tricálcico e carbonato de cálcio. Além disso, os cimentos apresentaram pH alcalino, ação antimicrobiana contra Enterococcus faecalis e na análise do MEV foi possível observar partículas de dimensões irregulares com uma distribuição heterogênea na matriz polimérica, contrastando com a homogeneidade apresentada pelo MTA. Porém, nas demais características, os cimentos apresentaram, de forma geral, grande semelhança com o MTA branco da Angelus, com maior destaque para o grupo 2. Assim, pode-se concluir que é possível formular cimentos bioativos, reutilizando escórias e mantendo as propriedades físico-químicas e antimicrobiana presentes no MTA.