Caracterização de compósito epóxi/tecido de pet pós-consumo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ribeiro, Fernanda Alves
Orientador(a): Mendes, José Ubiragi de Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22216
Resumo: O consumo esmagador de Polietileno tereftalado (PET) grau garrafa constitui capítulo à parte entre as resinas produzidas no Brasil. Embora o país consiga reciclar mais da metade da produção de PET, ainda é muito elevado o volume deste material em forma de garrafas. Salienta-se que, apesar do benefício da resina PET poder ser utilizada em inúmeras aplicações e sob diversos processos, é necessário desenvolver alternativas de seu reuso na via de reciclagem. Nesta vertente, o objetivo da pesquisa foi avaliar a aplicação do tecido de pet, oriundo do processo de reciclagem das garrafas, como reforço de compósitos poliméricos. Para tanto, na metodologia utilizada, após a preliminar caracterização do tecido de pet via ensaios têxteis (Determinação de gramatura; Resistência à propagação ao rasgo; Resistência à tração e alongamento), confeccionou-se laminados compósitos poliméricos com matriz epóxi e diferentes frações de tecido para a verificação e análise de suas principais propriedades físico-químicas, mecânicas e térmicas. Os seguintes ensaios foram realizados nos corpos de prova de resina e laminado compósito: Densidade; Absorção de água; Teor de umidade; Tração uniaxial; Flexão em três pontos; Compressão; Dureza; TG; DMA e Análise de fratura. A análise dos resultados evidenciou que o incremento de camadas de tecido propicia ao compósito o aumento nas resistências à tração e à compressão; além do que, eleva a rigidez viscoelástica do material, ao passo que diminui a resistência à flexão. Observou-se também que as camadas de tecido de PET diminuem o teor de umidade do compósito, bem como a sua capacidade de absorção de água. Contudo, as propriedades Dureza e Densidade não apresentaram variação significativa com a inclusão do tecido de PET. A configuração P90, com o máximo teor de tecido de PET no laminado, exprimiu-se como a de melhor desempenho frente aos ensaios realizados. Deste modo, a utilização do tecido PET evidencia aspectos atraentes para as iniciativas empresariais do setor. A composição P90, como reforço de compósito polimérico, foi a que apresentou melhor resultado. Esse material trás reflexos socio-econômicos diretamente relacionados com a melhoria da qualidade de vida da população, geração de renda, economia de recursos naturais e atenuação de problemas ambientais.