Natureza, alienação e capitalismo em Marx: uma crítica da sustentabilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Ronaldo Alencar dos
Orientador(a): Gico, Vânia de Vasconcelos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23348
Resumo: Entende-se, a partir de uma pesquisa de cunho teórico, que a degradação ambiental produzida pelo homem na atualidade está indissociavelmente ligada a uma forma de organização social específica: o modo de produção capitalista. A partir da compreensão da sociedade capitalista, ou seja, uma forma de sociedade cuja organização das relações sociais ocorre a partir do modo de produção capitalista, e na perspectiva da relação de apropriação e mercadorização da natureza, deve-se buscar os meios teóricos hábeis para explicar como o processo de degradação do meio ambiente natural se constitui no interior deste sistema. Sob tal perspectiva, questiona-se: é possível explicar através do materialismo histórico dialético, o modo como, dentro de sua necessária apropriação da natureza, a produção capitalista se torna produtora da degradação ambiental? Até que ponto este processo social de destruição ambiental pode ser considerado uma condição inerente ao desenvolvimento do próprio sistema capitalista? Para alcançar tais respostas, utilizamos como instrumentos teóricos de análise os conceitos de metabolismo social e alienação, retirados da teoria marxista, propondo ao final uma abordagem conceitual como forma de contribuição à compreensão dialética sobre os atuais problemas ambientais. Defende-se a hipótese da existência de uma estrutura de alienação, decorrente da relação do homem com a natureza, produzida no interior da produção capitalista, que terá como conseqüência a implicação desta relação numa separação, num nível ontológico, entre o homem a consciência de sua espécie. No interior deste sistema, o homem encontra-se alienado do meio natural onde vive e de sua própria natureza. Em consequência deste distanciamento estrutural, um traço peculiar da alienação capitalista se destaca, manifesto no ato de que o homem somente reconhecerá o meio ambiente através de sua exteriorização na forma de mercadoria, e conforme esta se encontra inserida dentro da lógica do consumo.