Da contradição à colaboração: crítica da alienação da socialidade capitalista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Seabra, Raphael Lana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/8586
Resumo: Neste trabalho buscamos compreender o aprofundamento da experiência da alienação da classe trabalhadora na contemporaneidade. No primeiro momento, realizamos o resgate dos fundamentos da ontologia social marxiana e lukacsiana e apresentamos a especificidade do ser social, o trabalho. De tal modo, o trabalho não é reconstituído somente como antagonista do capital, mas como agente soberano criativo do processo contínuo de humanização do ser social. No segundo momento, com base nos Manuscritos Econômico-Filosóficos analisamos o conceito-chave alienação de modo que ressaltamos não só as possibilidades de superação deste fenômeno, como quatro aspectos que o fundamentam: o homem alienado da natureza, o homem alienado de si mesmo, o homem alienado do gênero e o homem alienado do outro homem. Também, procuramos avançar na compreensão de sua substancialidade através do conceito de personificações do trabalho e do capital, não no sentido da identidade sujeito-objeto, mas na internalização das necessidades de valorização do capital como necessidades subjetivas. No terceiro momento, avaliamos as condições históricas que compõem a dinâmica do capital e as peculiaridades que compõem seu sistema orgânico, assim como os traços que distinguem suas diversas formas. Frente as transformações mais recentes na esfera de acumulação do capital, desde sua crise estrutural até as diversas experiências produtivas, apontamos o modelo produtivo toyotista como "momento predominante" da produção global de mercadorias. No quarto momento, centralizamos nossas atenções em três categorias profissionais distintas - bancários, tele-operadores e operadores de caixa em supermercados - no intuito de verificar a continuidade e o aprofundamento da experiência da alienação no cotidiano do trabalho. A leitura de nossa pesquisa de campo revelou que apesar do recurso a práticas mais "humanizadoras" e até mesmo o "rebatizado" da classe trabalhadora em colaboradores, não representa de fato um avanço no fim do fenômeno da alienação e muito menos na extinção das contradições clássicas entre capital e trabalho.