A ilusão transcendental na crítica da Razão Pura: ponderações judicativas e hermenêuticas sobre a dinâmica ilusória da razão em seu uso puro e sua importância para o sistema críticotranscendental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Barros, Thiago dos Anjos Noleto
Orientador(a): Klein, Joel Thiago
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28526
Resumo: Na Crítica da Razão Pura (KrV), especialmente na abertura da Dialética Transcendental, Kant assevera que há na razão humana uma “ilusão natural e inevitável” que a incita a extrapolar os limites da experiência possível, tomando princípios subjetivos como objetivos. Essa ilusão é chamada de “ilusão transcendental” e tem como sede de sua dinâmica a razão pura. A presente dissertação objetiva discutir e elucidar esse tópico da filosofia teórica kantiana, descrever suas particularidades, aportá-lo no sistema crítico-transcendental, e revelar, por fim, sua importância neste arcabouço. Para tanto, segmenta-se em três capítulos principais, cada qual dotado de subseções, nos quais o tema é detidamente discutido. No primeiro capítulo, denominado de Prolegômenos ao tema da ilusão transcendental, é considerado o intertexto imediato desta ilusão, a saber, a Dialética Transcendental, e o porquê de Kant compreender essa seção da KrV como “lógica da ilusão”. Adicionalmente, é aduzida uma avaliação hermenêutica de Schein, vocábulo que designa a ilusão, bem como as distinções entre a ilusão empírica, lógica e transcendental, feitas por Kant. No segundo capítulo, intitulado de A ilusão transcendental na Crítica da Razão Pura (KrV), este tema é especificamente abordado a partir de sua definição e caracterizações básicas, passando por uma análise textual acerca da natureza e da inevitabilidade desta ilusão, assim como sua relação com as ideias regulativas da razão. No último capítulo, nomeado de A importância epistemológica da ilusão transcendental, buscase compreender a relevância deste tópico da filosofia crítico-teórica kantiana em termos epistemológicos. Destarte, abordam-se os papéis positivo e negativo da ilusão transcendental e, por fim, oferece-se uma solução heurística. Esta se encarregará de levantar os meandros deste problema e conduzi-los à formatação constitutiva da dinâmica da razão, levando-se em conta os papeis anteriormente destacados no campo epistemológico, sem deixar de oferecer justificativas para o ato de presidir novos conhecimentos e a eloquente capacidade inventiva da razão.