Estudo das leucemias mielóides agudas: marcadores celulares e fatores prognósticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silveira Júnior, Lenilton Silva da
Orientador(a): Cavalcanti Júnior, Geraldo Barroso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30985
Resumo: A leucemia mielóide aguda (LMA) é uma doença clonal do tecido hematopoiético e representa 80% dos casos de leucemias, em adultos. Ela se divide em oito subtipos (M0 a M7), segundo classificação do grupo Franco-Americano-Britânico. Apesar dos grandes avanços no tratamento quimioterápico, ainda persistem casos de leucemias agudas refratárias ao tratamento ou recorrência da doença, desencadeadas por mecanismos de resistência a múltiplos fármacos, sendo a extrusão de agentes quimioterápicos por bombas de efluxo, um dos principais mecanismos. Este estudo teve como objetivo realizar uma abordagem quanto a expressão da glicoproteína P (PgP) e da proteína 1 associada à resistência a múltiplos fármacos (MRP1), por citometria de fluxo, em pacientes com diagnóstico de LMA. Para execução do estudo foram utilizadas amostras de sangue periférico e medula óssea de 346 pacientes, além da análise de prontuários. Os achados evidenciaram que a expressão de ambas proteínas foi prevalente em pacientes idosos e a incidência foi maior nos casos de refratariedade, recorrência e doença secundária quando comparados aos casos de LMA “de novo”. A dupla marcação positiva de PgP e MRP1 estava presente nas leucemias imaturas como M0, M5a e M7, em marcadores de linhagem precursora mielóide e em marcador aberrante linfóide. Com base no estudo realizado recomendamos a adição de marcadores anti-PgP e MRP1, bem como outras proteínas relacionadas com multirresistência, como BCRP e LRP no painel para o diagnóstico de leucemias agudas, uma vez que esses biomarcadores são úteis como indicadores de um fator prognóstico independente dessas leucemias e também como indicadores preditivos importantes de acompanhamento terapêutico para pacientes com LMA.