O ir e vir da gente, coesão de grupo de macacos-prego-galegos (Sapajus flavius)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Peruzzo, Simone
Orientador(a): Ferreira, Renata Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/54368
Resumo: A intensidade da competição alimentar intragrupo e a necessidade de utilizar áreas de maior risco potencial são forças que em interação geram e moldam a socialidade dos primatas, sendo importantes preditores de tamanho do grupo, coesão e proximidade interindividual. Este estudo fez uma análise da coesão espacial de um grupo de macacos-prego-galegos (Sapajus flavius), em um fragmento de Mata Atlântica em estágio secundário de regeneração na divisa entre os estados da Paraíba e Pernambuco. Estivemos em contato com o grupo durante 352 horas e obtivemos 591 varreduras que continham a posição espacial de cada indivíduo. Testamos como a produtividade da área de vida e o uso de áreas de maior risco potencial interferem no tamanho do grupo, na coesão e na maior proximidade interindividual. Maior disponibilidade de frutos se relacionou a grupos menores, menor coesão e maior distanciamento em relação ao centroide, enquanto a maior produtividade de insetos explicou maior coesão e grupos maiores. As variáveis ao uso de áreas de maior risco potencial (chão, proximidade a borda, estágio de regeneração da área utilizada) explicaram a maior coesão, grupos maiores e maior proximidade em relação ao centroide. Os juvenis estiveram mais próximo ao centroide e os machos foram mais periféricos, quando estavam no chão juvenis se aproximaram das fêmeas e os machos dos subadultos. O padrão encontrado indica um sistema de competição indireta caracterizado pelo maior afastamento quando havia maior disponibilidade de frutos, localização diferencial na formação espacial do grupo (centroide-periferia) e o uso diferencial dos estratos arbóreos. Enquanto grupos maiores, e mais coesos permitiram ao grupo acessar recursos substitutos em áreas de maior risco potencial, durante período de menor oferta de frutos.