Reações oxidativas biomiméticas com o ácido acantoico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sousa, Rita de Cássia Nascimento
Orientador(a): Ferreira, Leandro de Santis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/54681
Resumo: O ácido acantoico, (-)-pimara-9-(11),15-dien-19-óico, é um diterpeno do tipo pimaradieno isolado principalmente da planta medicinal coreana, Acanthopanax koreanum. Outras espécies como Annona amazonica, Rollinia pittieri, Rollinia exsucca, Aralia racemosa e Croton oblongifolius Roxb também apresentam este diterpeno na sua constituição. Apesar da diversidade de atividades biológicas descritas na literatura especialmente relacionadas ao tratamento de doenças como colite ulcerativa, fibrose hepática, diabetes mellitus tipo 2, doenças inflamatórias cardiovasculares e periodontais, estudos relacionados aos seus parâmetros farmacocinéticos como absorção, caracterização de metabólitos, cinética de eliminação além da toxicidade relacionada a sua administração ainda necessitam ser realizados. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo investigar o metabolismo in vitro de fase I do ácido acantoico através de reações oxidativas biomiméticas com o catalisador de Jacobsen, utilizando PhIO, m-CPBA e H2O2 como doadores de oxigênio em meio homogêneo. O catalisador de Jacobsen é conhecido pela fácil síntese e purificação, ele juntamente com as metaloporfirinas conseguem simular a atividade catalítica das enzimas do citocromo P450, as quais são as principais responsáveis pelo metabolismo de fase I. Através da análise por CG-EM foi possível observar a proporção 1:60:120 (catalisador:substrato:oxidante) como a mais eficiente para a conversão do ácido acantoico para a formação dos possíveis produtos oxidados, principalmente no sistema com PhIO. Entretanto, mesmo nesta proporção não foi possível detectar nenhum produto com H2O2 como oxidante. Oito possíveis produtos de oxidação foram detectados, os quais cinco deles podem ser considerados isômeros. A identificação estrutural dos produtos reacionais foi auxiliada pelas similaridades no perfil de fragmentação do ácido acantoico obtidos por CG-EM. Dessa forma, o presente trabalho poderá servir de base na investigação da oxidação do ácido acantoico por outras metodologias in vitro e auxiliar na caracterização dos produtos obtidos in vivo. Espera-se com isso facilitar futuros estudos farmacológicos e toxicológicos para garantir a sua segurança e auxiliar na descoberta de possíveis candidatos à fármaco.