Master none: embates identitários na contemporaneidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: França, Arthur Barros de
Orientador(a): Alves, Maria da Penha Casado
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25484
Resumo: A identidade, durante significativo tempo, foi definida lógico-sensivelmente, isto é, como aquilo que se repetia: homogeneidade, fixidez e imutabilidade. Os estudos culturais, por outro lado, apropriando-se de discussões em várias áreas do conhecimento a respeito da natureza histórico-cultural do ente humano, chegou à conclusão de que as vozes sociais integram sociossemioticamente a consciência individual – e nela interagem –, mostrando que o indivíduo não é tão uno conforme se pensava. Na contemporaneidade, momento em que as certezas têm se desvanecido com maiores intensidade e frequência, as representações construídas pelo/para eu tornam-se mais notáveis. A arte – sendo de ponta a ponta social – vai reverberar isso, o que implica dizer que a configuração enunciativa de sua esfera também é situada num espaço-tempo específicos. Nesse aspecto, a ideologia (enquanto axiologia e campo da atividade humana) é condição da atuação na terra pelo homem, razão pela qual a alteridade goza de fundamental importância na constituição da identidade. Consciente disso, esta pesquisa, a partir da concepção de linguagem bakhtiniana, debruça-se sobre os embates identitários das personagens no seriado “Master of None”, da empresa Netflix. Assim, analisam-se verbivocovisualmente os enunciados concretos materializados no eixo temático “gênero, raça, etnia e classe social”. A área na qual este trabalho se insere é a Linguística Aplicada, caracterizada como entre fronteiras, indisciplinar e constantemente questionadora de seu fazer. A postura metodológica desta investigação desenvolve-se dentro da abordagem qualitativa, com enfoque sócio-histórico e paradigma indiciário. Os resultados colocam em evidência, no enunciado artístico, as estratégias discursivas de monologização e abertura identitária. Nesse contexto, as personagens revelam tons discursivos situados, fazendo jus às identidades assumidas. Seus posicionamentos atuam para corroborar a perpetuação de um sentido ou para subvertê-lo ideologicamente.