Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Maria Emanuele Macêdo do |
Orientador(a): |
Castro, Alda Maria Duarte Araújo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24569
|
Resumo: |
A presente dissertação tem como objetivo analisar o Programa Licenciaturas Internacionais (PLI) e a sua implementação na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), evidenciando suas repercussões para a formação inicial de professores. Toma como referência o PLI, criado em 2009 pelo governo brasileiro a partir da proposta do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB) e se constituiu em uma estratégia para incentivar a permanência e a formação inicial de professores da educação básica em cursos de educação superior. O Programa conta com o financiamento da fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e tem como objetivo incentivar a mobilidade estudantil em cursos de licenciaturas entre as universidades brasileiras, portuguesas e francesas em sete áreas de formação: Matemática, Português, Física, Química, Biologia, Estudos Artísticos e Educação Física. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, baseada na revisão da literatura sobre a temática, na análise de documentos internacionais que tratam das diretrizes para a internacionalização do ensino superior, entre eles, documentos do Banco Mundial (BM), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). Em nível nacional, a pesquisa ancorou-se em documentos oriundos do Ministério da Educação (MEC) e da CAPES que criam o Programa e estabelecem suas diretrizes, bem como o Plano de Desenvolvimento Institucional da UFRN, e ainda dados disponibilizados pela Secretaria de Relações Internacionais da instituição. Foram construídas e analisadas séries estatísticas de dados da oferta do PLI na UFRN nos anos de 2010 a 2013; realizadas entrevistas semiestruturadas com um gestor da UFRN que atua diretamente com o PLI, coordenadores de cursos de licenciaturas participantes do Programa e questionários online com os estudantes que integraram o mesmo. O Programa contemplou, no período do estudo (2010-2013), as licenciaturas de Ciências Biológicas, Educação Física, Química, Matemática e Letras, com seis projetos aprovados pela CAPES. Conclui-se que, no contexto da internacionalização do ensino superior, o PLI tem sido utilizado como uma estratégia não só de expansão, como também de permanência dos alunos nos cursos de formação de professores. Apresenta pontos positivos ao permitir a mobilidade estudantil, o conhecimento de novas culturas, a dupla titulação e uma formação no exterior, o que representa uma maior valorização para os cursos de formação de professores da educação básica. No entanto, o Programa apresentou uma série de fragilidades e contradições, entre elas: dificuldades de equivalência de disciplinas cursadas pelos alunos no exterior, o que é evidenciado pela maioria dos coordenadores de projetos e pelos estudantes da UFRN que responderam ao questionário desta pesquisa; compatibilização de créditos das disciplinas cursadas nos países de destino, França ou Portugal, ambos participantes do Processo de Bolonha, que têm o sistema de acreditação baseado em ciclos, diferente do sistema adotado no Brasil; organização curricular diferente no que se refere ao bacharelado e às licenciaturas com prejuízos para a formação pedagógica do licenciado. |