Narrativas de formação docente no Programa de Licenciaturas Internacionais: cultura e imaginário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Tatiana Leite da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PLI
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15918
Resumo: Esta tese tem o objetivo de compreender a formação inicial de professores, em seus aspectos latente e patente, desenvolvida em mobilidade internacional, entre a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade de Coimbra (UC), no âmbito do Programa de Licenciaturas Internacionais – PLI/CAPES. Para isso assume-se o referencial teórico da Antropologia das Organizações e da Educação, de Paula Carvalho (1990), que está calcado nos princípios da Epistemologia da Complexidade, de Edgar Morin, e na Antropologia do Imaginário, de Gilbert Durand, além de outros autores que transitam no mesmo solo paradigmático. Tal referencial apresenta a culturanálise de grupos como proposta metodológica para a compreensão do comportamento e do imaginário dos sujeitos em uma estrutura organizacional, os quais, nesta pesquisa, se caracterizaram por serem gestores, coordenadores, professores e estudantes envolvidos com o PLI. A entrevista narrativa, compreendida neste trabalho como fenômeno e como método, foi utilizada como forma de evocar imagens simbólicas do vivido pelos sujeitos, nesta formação em mobilidade internacional no tempo-espaço da cidade de Coimbra. Ao fazer dialogar a cultura patente (os documentos oficiais) e a cultura latente (o PLI em ato), acredito que nos aproximamos do que foi, de fato, este programa para o grupo entrevistado. Ter tido a oportunidade de estudar e viver dois anos em Coimbra foi um grande diferencial na formação destes estudantes. Muito da formação profissional e humana foi possibilitada pela imersão na vida coimbrã, pela aproximação com a história, os ritos, a arte, os modos de pensar, sentir e agir desta cidade; sem deixar de considerar, claro, a densa formação teórica e técnica recebida na Universidade de Coimbra. Mas, podemos dizer que o grande ganho desta experiência formativa foi, sem dúvidas, a vivência destas duas perspectivas, que proporcionaram aos futuros mestres uma formação integral. Neste sentido, trago a imagem da árvore como símbolo síntese desta formação, que se mostrou integral, dialógica e humana. Podemos dizer que estes estudantes tiveram a oportunidade de formar-se como árvores que crescem tanto em direção ao céu como em direção à terra. São como galhos que sobem vigorosamente buscando a luz do sol, a razão e o conhecimento, mas também como raízes que mergulham fundo na terra para buscar o acolhimento, as origens e o húmus das profundezas de nossas humanidades. Investigar o desenvolvimento de programas voltados à formação de futuros professores e seus resultados é fundamental para um panorama dos rumos da política de formação de professores no Brasil