Fios cruzados: modernidade e ironia na poética de Jorge Fernandes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Souza, Charlyene Santos de
Orientador(a): Santos, Derivaldo dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22844
Resumo: Esta pesquisa realiza uma leitura do Livro de Poemas de Jorge Fernandes, obra do poeta norte-rio-grandense Jorge Fernandes (1887-1953), publicado na segunda década do século XX. Nosso objetivo é observar como as categorias da modernidade e da ironia se inscrevem, via representação ficcional, na obra em análise. Desse modo, a partir do entendimento da crítica integrativa (CANDIDO, 1976), que articula literatura e sociedade, investigamos as figurações da modernidade e suas implicações na poesia desse poeta, observando de que modo a ironia se inscreve como um expediente de linguagem capaz de problematizar a ordem social e cultural do contexto em que o autor e sua obra estão inseridos. Para tanto, tomamos as reflexões de Costa Lima (2003) e Merquior (1997) acerca das representações sociais na sociedade e na lírica; as noções de Berman (1986), Benjamin (1994; 2000) e de Habermas (2002) sobre a modernidade e suas implicações; e o pensamento de Kierkegaard (2003) e de Brait (2008), os quais discutem a ironia como conceito e enquanto discurso polifônico. A investigação da poesia de Jorge Fernandes, por meio do viés apresentado, revela uma lírica cujo teor social se caracteriza pela crítica à civilização moderna, identificada, muitas vezes, por meio de um discurso irônico, o qual sugere uma tensão nos seus versos desse poeta.