Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Elizane Poquiviqui do |
Orientador(a): |
Resqueti, Vanessa Regiane |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55630
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Resumo: |
Introdução: Evidências científicas e clínicas apontam um comprometimento persistente da capacidade funcional em indivíduos pós COVID-19, entretanto a causa da limitação funcional e da sintomatologia ainda precisam ser elucidadas. Objetivo: avaliar e comparar a capacidade funcional em pacientes pós Covid-19 versus grupo controle e analisar a hemodinâmica cardíaca e a resposta da oxigenação muscular tecidual durante os protocolos de avaliação em ambos os grupos. Metodologia: Estudo transversal em pacientes diagnosticados com COVID-19 que passaram ou não por internação hospitalar (≥18 anos) comparados a um grupo controle. Os voluntários foram submetidos a dois testes de capacidade funcional: o teste senta-levanta de um minuto (1-STS) e o teste de caminhada de seis minutos (TC6m). Além das variáveis de desempenho, avaliamos a resposta de hemodinâmica cardíaca por impedância durante o 1-STS e respostas da perfusão tecidual na oxigenação do músculo vasto-lateral foram registrados durante e após ambos os testes. As comparações intragrupo das variáveis realizamos teste de Friedman enquanto nas comparações intergrupos Mann-Whitney. Resultados: Foram incluídos no estudo 36 pacientes (36,11% mulheres, idade mediana de 36,00 (29,00-51,00) anos, IMC de 26,51 kg/m² (24,06-30,32)) no grupo pós COVID-19 e 11 indivíduos no grupo controle (72,72% mulheres, idade mediana de 25,00(23,00-39,00) anos, IMC de 23,71 kg/m²(22,54-28,28)). O grupo pós COVID-19 apresentou redução de 20% no desempenho versus controle na distância percorrida no TC6M (p=0,0001) e de 28% no número de repetições do 1-STS (p=0,01) comparado ao controle. Ainda, houve diferenças intergrupos nas variáveis de hemodinâmica cardíaca durante o protocolo de 1-STS onde o grupo pós COVID-19 apresentou redução de 18% no VSi (p=0,004), de 21% no IC (p=0,0009), de 78% no ICT (p=0,0001) e de 29% no FE (p=0,0003) e um aumento da RVS em 25% (p=0,03) e 27% no RVSi (p=0,0007). As variáveis oxigenação tecidual durante os testes TC6m e 1-STS e na fase de recuperação apresentaram respostas de magnitude semelhante entre os grupos, sem diferença estatisticamente significativa intergrupo. Conclusão: Nossos resultados sugerem que o grupo pós COVID-19 quando comparado ao controle apresentaram (I) redução na capacidade funcional identificado por ambos os testes, em 28% no 1-STS e 20% no TC6m, (II) alterações nas respostas hemodinâmicas cardíacas e de resistência vascular sistêmica (III) padrão semelhante da oferta e consumo de oxigenação muscular em ambos os testes semelhantes em ambos os grupos. Sugerimos que um estudo com maior número amostral e com estratificação de grupos pós COVID-19 para complementar tais achados. |