Uso da espectroscopia de luz no infravermelho próximo como ferramenta para análise do processamento cortical da audição no primeiro trimestre de vida.

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Lurdiana Guimarães Dias
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais; Brasil; MED - DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA; Programa de Pós-Graduação em Ciências Fonoaudiológicas; UFMG
• Palavras-chave em Português: Espectroscopia de luz no infravermelho próximo; Audição; Desenvolvimento infantil; Hemodinâmica; Espectroscopia de Luz Próxima ao Infravermelho; Desenvolvimento Infantil
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/44762

Introdução: O uso de métodos capazes de avaliar a atividade cortical por meio das modificações em sua hemodinâmica tem crescido ao longo dos últimos anos. Associada a outras ferramentas, a espectroscopia de luz no infravermelho próximo (NIRS – near infrared spectroscopy) tem se mostrado eficaz para fornecer informações e auxiliar na compreensão do funcionamento do cérebro humano frente a diferentes tarefas. Esse método apresenta várias vantagens em comparação com outras ferramentas que também avaliam a atividade neural, como: menor custo, portabilidade, tolerância a movimentos sutis, não necessitar de radiação, dentre outros aspectos que tornam o seu uso adequado, inclusive para a população pediátrica. Neste trabalho, a NIRS foi utilizada para avaliar o estímulo auditivo conhecido como “Fala direcionada ao bebê” (FDB) em bebês normo-ouvintes em seu primeiro trimestre de vida. Objetivo: Caracterizar os resultados da espectroscopia de luz no infravermelho próximo em crianças normo-ouvintes na faixa etária de 0 a 3 meses de idade para a FDB, comparando as respostas quando oestímulo foi apresentado pela própria mãe ou por uma fonte desconhecida e,ainda, discutir os parâmetros de realização da NIRS utilizando estímulos auditivos. Métodos: vinte e três crianças saudáveis, sem indicadores de risco para perda auditiva foram avaliadas utilizando a NIRS, tendo como estímulos a FDB produzida pela sua própria mãe e por uma fonte desconhecida. Resultados: Foi observada ativação cortical bilateral. As respostas foram presentes nas regiões temporal, frontal e parietal. Quanto ao aspecto da familiaridade, não foi observada diferença significante para a voz da mãe em comparação com a voz desconhecida. Conclusão: A FDB é capaz de ativar diversas regiões corticais no primeiro trimestre de vida, demostrando como as suas características prosódicas são importantes nessa fase da vida, auxiliando no desenvolvimento da linguagem. O efeito de familiaridade não está bem definido para esse tipo de estímulo nesse período. Pesquisas futuras serão importantes para o acompanhamento do desenvolvimento auditivo ao longo do tempo em crianças com audição normal utilizando protocolos bem definidos de coleta e análise dos resultados.